Deputado Wilker Barreto Alerta para Queda de Competitividade do Amazonas e Prioridades em Educação
O deputado estadual Wilker Barreto, do partido Mobiliza, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na última terça-feira, 7 de outubro, para expressar sua preocupação com os resultados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O estudo revelou uma queda alarmante do Amazonas, que caiu da 11ª para a 17ª posição no cenário nacional. O desempenho negativo foi particularmente acentuado nos setores de Educação e Infraestrutura, nos quais o Amazonas ocupa a última posição do Brasil.
Barreto analisou os dados apresentados e destacou que a situação atual do estado é um reflexo da ausência de planejamento e de decisões efetivas na gestão pública. Ele ressaltou que a escassez de recursos financeiros não é a causa principal para os resultados insatisfatórios, mas sim a maneira como os recursos disponíveis são utilizados.
“É inadmissível que a educação no Amazonas não esteja recebendo a prioridade que merece. Os indicadores de educação mostram que estamos regredindo. A quantidade de investimentos não é a questão, mas sim o desperdício deles. O ranking revela uma verdade impactante: a falta de melhorias na educação significa que muitos sonhos de jovens estão sendo frustrados”, afirmaram suas palavras.
Em um momento de indignação, o deputado enfatizou que, enquanto o estado enfrenta o pior desempenho nacional da área educacional, o Governo do Amazonas anunciou um contrato no valor de R$ 52,9 milhões com a empresa Azimute Tecnologia Territorial Ltda. O contrato destina-se a serviços de mapeamento e georreferenciamento, utilizando recursos do Fundeb, em um momento em que as escolas enfrentam sérias deficiências estruturais e professores estão com seus pagamentos atrasados.
“É possível considerar isso uma prioridade? Investir R$ 53 milhões em georreferenciamento enquanto as nossas escolas precisam urgentemente de melhorias? É preciso focar no presente antes de planejar o futuro. Como estão as escolas em municípios como Manacapuru, Parintins e Maués? A calamidade no presente não pode ser ignorada”, afirmou Barreto.
O deputado também revelou que ele protocolou uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) solicitando o cancelamento do contrato, devido a indícios de irregularidades e má utilização dos recursos destinados à educação. Caso sua solicitação não seja atendida, ele já adiantou que apresentará um Projeto de Decreto Legislativo na Aleam para suspender os efeitos do contrato.
“Não podemos ficar parados, já tomei a iniciativa de apresentar uma representação ao TCE-AM. Se não obtivermos resposta, levarei o assunto para a Aleam. Este contrato é inaceitável. Com R$ 53 milhões, poderíamos investir verdadeiramente na infraestrutura escolar e resolver muitos dos problemas que afligem nossas instituições de ensino”, concluiu o deputado.
Imagem Redação
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