UEM Inaugura Centro de Estudos Climáticos com Tecnologia de IA em Parceria Inovadora
Na última quinta-feira, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) deu um passo significativo rumo à modernização da pesquisa climática ao inaugurar o Centro de Estudos Climáticos. O evento, realizado no auditório da Reitoria, foi fruto de uma colaboração entre o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a cooperativa agroindustrial Cocamar e a empresa suíça Meteoblue, especializada em serviços meteorológicos. Essa parceria não apenas representa um marco no campo das ciências climáticas, mas também destaca a importância da união entre academia e setor privado.
A cerimônia de lançamento foi parte do InovaWeek 2025, um grande evento de inovação que ocorre em Maringá. Durante o evento, a Meteoblue apresentou suas soluções de inteligência artificial (IA), que serão implementadas na UEM sem custo, visando aprimorar a coleta e análise de dados climáticos da região. Este investimento em tecnologia avançada promete transformar a forma como a universidade e a comunidade acadêmica compreendem e pesquisam o clima local.
Trata-se de uma iniciativa sem precedentes no Brasil, liderada pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), juntamente com o Departamento de Geografia (DGE). O DGE é responsável pela Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM), onde as novas tecnologias de IA serão instaladas. Com essa inovação, o Centro será capaz de realizar um mapeamento climático mais preciso, tornando esses dados acessíveis para pesquisadores e interessados no tema.
A implementação dessa tecnologia foi resultado de um debate na Câmara Técnica do Agronegócio, onde representantes do NIT e Cocamar identificaram a necessidade de uma pesquisa mais aprofundada sobre os fatores climáticos que impactam a agricultura e a agroindústria da região. Esse movimento reflete uma demanda crescente por informações mais precisas que podem influenciar decisões importantes no setor.
IA a Serviço da Tradição
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, expressou sua satisfação com a nova parceria, ressaltando a longa tradição de 40 anos da instituição na área de previsão climática, que é fundamental para o desenvolvimento urbano e agrícola do município e da região noroeste. A UEM já realiza previsões sobre eventos climáticos extremos, como tempestades, com suporte do Departamento de Geografia, e a nova colaboração ampliará significativamente essas capacidades.
“É uma enorme satisfação estabelecer convênios com empresas e cooperativas; isso demonstra que a UEM está de portas abertas para a sociedade. Com a nova tecnologia, poderemos elevar o nível da pesquisa e oferecer dados ainda mais ricos e precisos sobre o clima,” afirmou Vanalli.
O diretor-executivo da Meteoblue no Brasil, Miro Freire de Lima Júnior, destacou o caráter inovador dessa parceria, ressaltando que a implantação da IA na ECPM possibilitará à UEM uma base de pesquisa inigualável. Embora a Meteoblue já trabalhe com grandes empresas brasileiras, esta é a primeira vez que realiza um convênio focado exclusivamente no desenvolvimento de dados climatológicos em um ambiente acadêmico.
Contribuição da UEM
Na nova parceria, a UEM se compromete a criar mapas de calor que exigem calibração local e a realizar estudos para validar os dados gerados. Esses esforços visam melhorar a precisão das informações climatológicas fornecidas pela Meteoblue. “Estamos aqui para integrar e aprimorar, não para substituir. Quanto mais dados recebemos, melhor será a qualidade das informações que entregamos,” afirmou Lima.
Leandro Zandonadi, coordenador da ECPM, celebra a introdução da IA como uma oportunidade para expandir as pesquisas em diversas áreas, tanto urbanas quanto rurais. Ele acredita que essa inovação não só aprimora a compreensão do clima local, como também possibilita que a universidade anteveja impactos ambientais e se prepare para possíveis eventos adversos.
“A parceria com a Meteoblue é um avanço significativo que irá enriquecer nosso conhecimento sobre o clima na região, permitindo análises mais profundas que, sem dúvida, serão benéficas para a comunidade e o setor agrícola,” concluiu Zandonadi.
Essa colaboração representa um passo à frente na trajetória de inovação da UEM, alinhando-se com a produção científica e a abertura para convênios que visam o desenvolvimento econômico e social.
Imagem Redação
Postar comentário