UGT-BA Rejeita Proposta que Pode Acabar com Autoescolas e Ameaçar Empregos
A União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA) manifestou, nesta segunda-feira, sua vehemente oposição à proposta do ministro dos Transportes, Renan Filho, que visa eliminar a obrigatoriedade de formação em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A entidade considera essa iniciativa uma grave ameaça que pode comprometer a estabilidade de cerca de 300 mil empregos em todo o país.
O presidente da UGT-BA, Marcelo Carvalho, enfatizou a gravidade da situação, afirmando: “É inadmissível que um ministro de Estado defenda publicamente o fim das autoescolas, uma categoria que emprega diretamente mais de 300 mil trabalhadores e sustenta cerca de 1,2 milhão de famílias em todo o país.” Carvalho alertou ainda para o impacto potencial na segurança pública, destacando que a proposta não apenas ameaça postos de trabalho, mas também coloca em risco a vida de inúmeros brasileiros nas vias e estradas.
A proposta, já discutida por setores do governo federal como uma forma de flexibilização, é vista pela UGT como um movimento perigoso rumo à precarização das relações de trabalho. Carvalho questionou as verdadeiras motivações por trás do ataque às autoescolas, indagando: “Quem está por trás desse ataque aos trabalhadores das autoescolas? Qual setor empresarial está pressionando para substituir trabalhadores com carteira assinada, garantidos pela convenção coletiva, por vínculos temporários e sem qualquer proteção?”
Cíntia Samara, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Autoescola da Bahia e secretária nacional da UGT para os Trabalhadores em Autoescola, também se pronunciou em defesa da categoria. Ela chamou a atenção para a importância do trabalho realizado pelas autoescolas, alertando que a proposta do governo não apenas ameaça a geração de empregos, mas também a segurança no trânsito. “Essa tentativa de acabar com as autoescolas é uma violência contra uma categoria essencial para a sociedade. Não se trata apenas de proteger empregos, mas de garantir que quem vai dirigir nas ruas saiba conduzir um veículo com segurança, respeitando vidas,” afirmou Samara.
Em resposta a essa proposta, a UGT e os sindicatos ligados à categoria já começaram a articular uma mobilização nacional para se opor à medida. Eles instam o governo federal a se manifestar formalmente sobre a questão, clamando por maior responsabilidade nas decisões que afetam milhões de trabalhadores. “O país precisa de mais emprego, mais segurança no trânsito e mais qualificação. Precisamos de menos precarização. Nós sabemos de que lado o governo federal está. Está ao lado dos trabalhadores. Porém, parece que seu ministro age de maneira contrária aos interesses do próprio governo,” concluiu Carvalho.
A pressão em torno desta situação é cada vez mais intensa e requer a atenção de todos os setores da sociedade. A proposta não afeta apenas os trabalhadores das autoescolas, mas também envolve a segurança no trânsito e a formação adequada de condutores, elementos fundamentais para a proteção de vidas. O movimento pela defesa das autoescolas não é apenas uma luta por emprego, mas um apelo pela segurança coletiva, que deve ser encarado com a seriedade que merece.
Imagem Redação
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