Setores Gaúchos Sob Ameaça: Tarifas de 50% nos EUA Prometem Impacto Severíssimo
Os setores do Rio Grande do Sul enfrentam um colapso iminente com a taxa de 50% sobre produtos brasileiros, que será implementada a partir de 1º de agosto. Oito segmentos cruciais já exportaram US$ 220,8 milhões para os Estados Unidos entre janeiro e junho deste ano, segundo divulgou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Esses setores, que dependem fortemente do mercado americano, estão à beira de uma crise. A necessidade de ajuda pública — tanto a nível federal quanto estadual — é premente se as tarifas propostas por Donald Trump forem realmente aplicadas. Um dos setores mais vulneráveis é o de níquel, cujo volume de exportação, embora limitado a US$ 293 mil no primeiro semestre, ganha relevância pela demanda americana por minerais críticos.
Além disso, o segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos é o principal fornecedor aos EUA, representando 62% das exportações, com um valor de US$ 121,6 milhões no mesmo período. O setor de armas e munições também se destaca, enviando 83,3% de suas vendas aos americanos, totalizando US$ 64,4 milhões. Juntas, essas categorias somam uma expressiva fatia de 83% das exportações do Rio Grande do Sul para os EUA.
Os oito setores em risco constituem 23,2% do total das exportações gaúchas para os Estados Unidos e 2,4% do total das exportações do estado no primeiro semestre. Apesar de prever-se que o tarifaço não causará um impacto generalizado na economia gaúcha, existe uma preocupação legítima sobre o efeito devastador em setores com menor diversificação em suas vendas internacionais.
Imagem Redação.
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