Senacon Investiga Possível Prática de Preços Abusivos no Gás Canalizado e GNV Após Notificação a Distribuidoras

Governo Solicita Justificativas sobre Formação de Preços de Gás Natural em Resposta a Redução da Petrobras

Brasília, 30/07/2025 – A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) anunciou uma ação decisiva nesta quarta-feira (30), notificando as distribuidoras de gás natural canalizado e gás natural veicular (GNV) a esclarecerem suas práticas de formação de preços. Essa iniciativa, impulsionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, surge em meio à expectativa de uma queda de 14% no custo da molécula de gás fornecida pela Petrobras, a partir de 1º de agosto.

As distribuidoras têm um prazo de 48 horas após a notificação para apresentar, de forma detalhada, a composição de seus preços, incluindo custos logísticos, tributos e margens comerciais. Elas também devem fornecer planilhas tarifárias e documentos que expliquem os percentuais cobrados. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi chamada a contribuir com dados técnicos necessários.

A Petrobras informou que, desde dezembro de 2022, o preço médio do gás natural para as distribuidoras já caiu aproximadamente 32%. No entanto, o repasse ao consumidor final tem sido modesto, variando entre 1% a 4%, um contraste alarmante diante da redução anunciada.

Essa discrepância levantou bandeiras vermelhas sobre um possível desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), que assegura o direito à informação adequada e proíbe práticas abusivas. “O cidadão comum vê na mídia que os preços vão cair e se surpreende ao perceber que essa redução não chega até ele”, destacou Wadih Damous, Secretário Nacional do Consumidor. A Senacon busca entender os critérios utilizados pelas empresas para evitar o repasse dessa baixa para o consumidor.

É importante ressaltar que a investigação atual não se configura como um indicativo de ilegalidade, mas sim como uma forma de assegurar os direitos dos consumidores, pautados pela boa-fé e transparência nas relações de consumo.

“Reconhecemos que diversos fatores impactam o preço final, como transporte e impostos, mas a transparência é fundamental. Uma redução de 14% que resulta em tão pouco impacto nos preços finais precisa ser explicada. O direito à informação é inegociável”, enfatizou Damous.

A lista de esclarecimentos exigidos pela Senacon é clara e detalhada:

  1. Justificativas técnicas, econômicas ou logísticas para a manutenção dos preços ao consumidor final, à luz da redução da Petrobras.
  2. Dados sobre custos adicionais ou alterações na cadeia de distribuição, incluindo transporte e impostos.
  3. Indicações sobre auditorias e análises de conformidade relacionadas à formação de preços.
  4. Informações sobre ações para amenizar os impactos negativos aos consumidores.
  5. Planilhas que detalhem a composição do preço final.

Empresas Notificadas

Entre as empresas que receberam a notificação estão a Companhia de Gás de São Paulo, a Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro, a Companhia de Gás de Santa Catarina, entre outras.

Imagem Redação

Tags: gás, preços, consumidores, transparência, Brasília

Abilenio Sued

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