Cesta Básica Sofre Queda em 22 Capitais do Brasil em Setembro
Uma notícia alentadora para as famílias brasileiras: o custo da cesta básica de alimentos apresenta redução em 22 das 27 capitais do Brasil no mês de setembro, conforme revelou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, publicada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Este movimento, que reflete uma tendência positiva, é um alívio para os consumidores, especialmente em um cenário econômico desafiador.
Em Salvador, a queda foi de 2,35%, resultando em um custo médio da cesta básica de R$ 601,74, posicionando-se como a terceira opção mais em conta entre as capitais estudadas. No decorrer do mês, seis dos doze itens analisados na capital baiana apresentaram queda de preços, com destaque para o tomate, cuja redução foi impressionante, chegando a quase 20% (-19,13%). Outros produtos que também tiveram os preços diminuídos incluem: banana (-2,59%), açúcar cristal (-1,19%), manteiga (-1,1%), carne bovina de primeira (-0,68%) e arroz agulhinha (-0,33%).
No acumulado do ano até setembro, Salvador também obteve resultados promissores, com seis produtos registrando queda nos preços. Entre eles, destaca-se o arroz agulhinha com uma redução significativa de 20,01%, seguido pelo óleo de soja (-9,81%), açúcar cristal (-6,52%), feijão carioca (-5,82%), leite integral (-4,99%) e carne bovina de primeira (-1,82%). Estes dados oferecem uma esperança significativa para aqueles que lutam diariamente com as despesas alimentares.
Analisando o recorte dos últimos 12 meses, observa-se que seis produtos apresentaram uma notável queda em suas cotações em Salvador. Os destaques vão para o arroz agulhinha (-21,8%), banana (-11,21%), feijão carioca (-6,86%), leite integral (-3,93%), açúcar cristal (-3,70%) e farinha de mandioca (-2,81%). Esses números indicam uma melhora contínua nos preços, refletindo um cenário mais acessível para a população.
Em um panorama mais amplo, as reduções mais acentuadas no custo da cesta básica, em setembro, foram registradas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Entre as capitais com os menores valores médios da cesta, destacam-se Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17) e Salvador (R$ 601,74). Enquanto isso, São Paulo lidera como a capital com o maior custo, alcançando R$ 842,26.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou que a redução nos preços da cesta básica em várias capitais é um indicativo de que as políticas do Governo do Brasil voltadas para abastecimento e apoio à produção de alimentos estão dando resultados. Ele enfatizou a importância da transparência nos preços e dos esforços para garantir alimentos de qualidade a preços justos para as famílias brasileiras.
O tomate, um dos itens mais consumidos, teve uma queda significativa em 26 capitais, com variações que foram de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. Este fenômeno se deve ao aumento da oferta, resultado das colheitas da safra nacional. Entretanto, apenas em Macapá o preço teve alta (4,41%).
O arroz agulhinha, por sua vez, ficou mais acessível em 25 das 27 capitais, com destaques para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Apesar das exportações aquecidas, a elevada produção da safra 2024/25 contribuiu para uma sobra interna, resultando em preços mais baixos. As únicas exceções foram Vitória, onde os preços subiram 1,29%, e Palmas, que manteve a estabilidade.
Os preços do açúcar também apresentaram queda em 22 capitais, com variações que foram de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas, aliado à perspectiva de uma maior oferta na Ásia, provocou uma queda global que impactou o mercado interno. Apenas em Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) foram registradas altas.
O café em pó viu suas cotações caírem em 14 capitais, com as maiores quedas ocorrendo no Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar de uma valorização internacional do grão, os preços elevados nas prateleiras dos supermercados restringiram a demanda.
A evolução dos preços dos alimentos é um indicador importante da saúde econômica do país. As pesquisas realizadas em 2025 ampliaram a coleta de dados de 17 para 27 capitais, o que reforça a relevância do estudo em políticas de segurança alimentar e abastecimento. Com isso, as primeiras análises das capitais começaram a ser divulgadas e mostram um comprometimento contínuo na busca por melhorias no acesso à alimentação de qualidade no Brasil.
Imagem Redação
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