Projeto “Rio ao Mar” Promove Ações Urgentes para Preservação Ambiental no Rio de Janeiro

O cenário ambiental no Rio de Janeiro clama por atenção e ação imediata. Em resposta a essa demanda, o projeto “Rio ao Mar”, que começou suas atividades em setembro, está mobilizando esforços significativos para a melhoria da Baía de Guanabara, praias e mangues da cidade. Essa iniciativa, que celebra sua quinta edição, é uma colaboração da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e ID Cultural, e tem como objetivo conscientizar a população sobre as consequências do descarte inadequado de resíduos e a proteção das águas da cidade.

Durante os meses quentes do verão, o projeto se intensificará, trazendo uma programação cultural para as praias de Copacabana e do Recreio em janeiro e fevereiro de 2026. As atividades prometem atrair a atenção e engajamento do público, com atrações criativas como shows, construção de esculturas feitas de lixo reciclado e uma explosão de pintura colaborativa utilizando tintas naturais.

Um dos destaques desta edição será a implementação de uma Estação de Reciclagem de Plástico, que incentiva a reutilização desse material, considerado um dos principais vilões na poluição. O próximo mutirão de limpeza acontece no dia 18 de outubro, na Praia de Belo Jardim, na Ilha do Governador, e está programado para ocorrer das 9h ao meio-dia.

Os dados coletados na primeira ação de limpeza de 2025, realizada na Ilha da Gigóia, são impressionantes. Com a participação de 45 voluntários, foi possível limpar uma área de 200.000 m² em apenas três horas, resultando na coleta de 373,85 kg de resíduos. Este esforço representa uma verdadeira demonstração de engajamento e determinação em buscar soluções para a crise ambiental.

A produtora Débora Paganni, da ID, ressaltou a quantidade alarmante de plástico coletado, incluindo itens como sacolas, embalagens e até um braço de manequim. “É surpreendente e preocupante a diversidade de resíduos que encontramos. Estamos transformando esse material em arte, que será exposta nas atividades culturais de 2026”, afirmou. Esse apelo à arte reflete um esforço crescente para combinar preservação ambiental com cultura.

Inicialmente voltado para a coleta de lixo, o projeto evoluiu para um formato que une arte e conscientização. “O Rio ao Mar é uma oportunidade de unir cultura e preservação. Durante as atividades, haverá uma Estação de Reciclagem de Plástico onde os participantes poderão entender todo o processo de reutilização dos materiais”, explica Débora. Para fomentar ainda mais a competição saudável, uma gincana será realizada, premiando o grupo de voluntários que conseguir recolher a maior quantidade de lixo.

A relevância das ações de limpeza vai além da quantidade de resíduos retirados. Nos últimos três anos, o projeto já coletou mais de uma tonelada de lixo, com destaque para a Praia de Ramos, que foi limpa em uma ação que durou 6 horas. Essa resposta ao problema da poluição é crucial em um momento em que a conscientização ambiental se torna cada vez mais necessária.

Desde sua criação em 2019, o “Rio ao Mar” tem buscado transformar a relação da população com o meio ambiente. As próximas limpezas coletivas estão agendadas para as Praias de Belo Jardim, Galeão e Engenhoca, ocorrendo em diversas datas até dezembro. A participação da comunidade é fundamental, e os interessados em participar devem se inscrever através de um formulário que estará disponível no Instagram do projeto.

“A pesquisa que realizamos meses antes do início do projeto foi essencial para identificar as áreas mais afetadas pela poluição”, explica Débora. O projeto também inclui oficinas e palestras, que antes eram realizadas nas praias, mas neste ano se expandirão para escolas, ONGs e universidades, tornando a mensagem ainda mais abrangente.

O encerramento da quinta edição do “Rio ao Mar” promete ser uma grande celebração em fevereiro, com apresentações ao vivo nas praias de Copacabana e Recreio. O músico João Gaspar será um dos principais atrativos, além da construção de esculturas e atividades de pintura colaborativa. “Neste evento, queremos criar um ambiente de celebração, unindo arte, música e a importância do cuidado com o meio ambiente”, conclui Débora.

A necessidade urgente de ações concretas e a proteção da Baía da Guanabara são preocupações centrais no projeto. As futuras edições do “Rio ao Mar” visam transformar não apenas a paisagem, mas também a mentalidade da população sobre resíduos e sustentabilidade.

Neste cenário, cada indivíduo pode fazer a diferença, e o “Rio ao Mar” é uma demonstração de que a união entre arte e meio ambiente pode criar mudanças duradouras.

Imagem Redação