Pirataria em Foco: Lojistas da 25 de Março Reforçam Combate e Fiscalização Urgente

Investigação Acende Alerta em São Paulo: Lojistas na 25 de Março Reagem a Críticas dos EUA

Lojistas da Rua 25 de Março, um dos principais centros comerciais de São Paulo, afirmam que a prática de comércio irregular e produtos piratas no local é apenas um fenômeno isolado e está sob constante vigilância das autoridades. A afirmação surge em resposta a críticas internacionais que colocam em xeque a imagem do comércio na região.

A União dos Lojistas da 25 de Março declarou que a maioria dos comerciantes atua de maneira legal e transparente. “Os produtos oferecidos são majoritariamente importados da China, sem qualquer ligação com os Estados Unidos”, enfatizaram em nota nesta quarta-feira (16).

Além disso, os comerciantes ressaltaram a importância da Rua 25 de Março como um dos maiores polos comerciais do Brasil, com mais de 3 mil lojas formais que contribuem para a economia local, gerando empregos e pagando impostos.

A situação se agrava com a recente abertura de uma investigação pelos Estados Unidos sobre práticas comerciais desleais em relação ao Brasil. O foco da investigação inclui tanto o sistema de pagamentos digitais, o Pix, quanto a Rua 25 de Março, que é citada há décadas como um mercado de pirataria, apesar das operações de combate às fraudes.

O governo americano busca determinar se o ambiente regulatório do Brasil sobre o comércio eletrônico e os serviços de pagamento reverbera em desvantagens para empresas estadunidenses. A Rua 25 de Março é destacada, mais uma vez, como um ponto crítico nessa avaliação.

Ações No Combate à Pirataria: Um Panorama Alarmante

Conforme o Anuário da Falsificação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), de janeiro de 2024 a janeiro de 2025, foram realizadas 1.587 operações direcionadas ao combate à pirataria, envolvendo diversas polícias federais e estaduais.

Esse intenso combate à pirataria revela uma realidade preocupante: as falsificações, contrabando e prática de pirataria causaram um rombo estimado em R$ 471 bilhões aos cofres públicos, refletindo perdas significativas em arrecadação tributária e no faturamento de indústrias que atuam dentro da legalidade.

O cenário demanda atenção urgente, uma vez que as ramificações desse comércio irregular não afetam apenas o cenário econômico, mas também a reputação do Brasil em um contexto internacional cada vez mais exigente.