Proibição nas Comissões da Câmara: Hugo Motta Suspende Reuniões
O presidente da Câmara, Hugo Motta, impôs a suspensão de todas as reuniões das comissões entre esta terça-feira (22) e o dia 1º de agosto. A decisão foi registrada hoje, em um momento crítico em que a Comissão de Segurança Pública se preparava para votar uma moção de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde a última sexta-feira (18), Jair Bolsonaro se encontra sob vigilância das autoridades, utilizando uma tornozeleira eletrônica e enfrentando restrições estabelecidas pela Justiça.
O ato oficial do presidente da Câmara determina, de forma categórica: “Fica vedada, no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025, a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados”. Essa notícia foi recebida em uma sala lotada de deputados, tanto da oposição quanto apoiadores do ex-presidente, já se preparando para a reunião.
Além da Comissão de Segurança Pública, outra comissão, de Relações Exteriores, também alinhada ao PL, partido de Bolsonaro, tinha um encontro agendado para expressar apoio ao ex-presidente.
Com a proibição, deputados do PL não hesitaram e se dirigiram à imprensa, criticando o Judiciário por suas investigações contra Bolsonaro e defendendo sua inocência.
O ex-presidente se sujeita a restrições cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Tais medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de interações em redes sociais, seja diretamente ou por meio de terceiros.
Moraes decidiu que Bolsonaro, junto ao filho Eduardo, que atualmente se encontra nos Estados Unidos, tem envolvimento em atividades que podem ser interpretadas como crimes, incluindo obstrução de justiça e tentativa de minar o Estado Democrático de Direito.
As restrições foram elaboradas dentro da investigação que envolve Eduardo Bolsonaro, que é acusado de ações com o governo dos EUA para retaliar o Brasil e atrapalhar processos legais envolvendo sua família.
Na mesma decisão, Moraes advertiu que o descumprimento das cautelares pode levar à prisão de Bolsonaro.
Imagem Redação.
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