A Revolução dos Tablets: Da Inovação ao Uso Cotidiano
O percurso dos tablets, dispositivos que hoje estão enraizados em nossas rotinas, é marcado por tentativas, erros e avanços significativos. A jornada começou em 1989 com o primeiro modelo comercial, mas foi em 2010 que o verdadeiro fenômeno começou a ganhar forma com o lançamento do iPad, da Apple. Essa transição exemplifica como boas ideias tecnológicas podem demorar décadas para encontrar o seu espaço no mercado e na vida das pessoas.
GRiDPad: O Pioneiro dos Anos 1980
O tablet que inaugurou essa revolução foi o GRiDPad, lançado pela GRiD Systems em 1989. Equipado com um processador Intel 80386, esse dispositivo funcionava com o sistema MS-DOS e utilizava uma tela sensível ao toque operada por stylus. Embora tenha sido um marco na história, suas limitações eram evidentes: pesando mais de 2 kg e com uma bateria de curta duração, além de um preço superior a US$ 2.000, sua aceitação no mercado foi restrita. Contudo, a invenção do GRiDPad lançou as bases para que outros experimentos fossem realizados, provando que era possível criar um computador sem um teclado físico.
Em 2002, a Microsoft tentou reviver a ideia com o Windows XP Tablet PC Edition. Essa versão introduziu a compatibilidade com aplicativos convencionais e suporte ao uso de canetas stylus e reconhecimento de voz. Diversos fabricantes, como HP e Acer, aderiram à proposta, oferecendo tablets em formato de prancheta e notebooks conversíveis. No entanto, pesos elevados, custos altos e interfaces que não eram adequadas para toques dificultaram sua ampla aceitação. Apesar de obter alguma adesão em nichos corporativos e educacionais, não conseguiu conquistar o público em geral.
A Revolução só Aconteceu com o iPad
O verdadeiro ponto de virada na história dos tablets ocorreu em 2010, quando a Apple lançou o iPad. Com um sistema operacional próprio, o iOS, e acesso à App Store, o iPad foi projetado desde o início para promover uma interação intuitiva por toque. O dispositivo era leve, rápido e apresentava excelente desempenho para navegar, jogar e assistir vídeos, transformando os tablets em objetos de desejo para o consumidor comum.
O sucesso do iPad foi imediato e revolucionário, dando um novo impulso à indústria e motivando outras marcas, como Samsung e Motorola, a desenvolverem seus próprios dispositivos Android. A partir desse momento, o tablet deixou de ser uma curiosidade técnica para se tornar um produto de consumo de massa.
Evolução e Versatilidade dos Tablets
A trajetória dos tablets, desde o GRiDPad até o iPad, foi marcada por uma série de aprendizados cruciais em termos de hardware, software e conectividade. Essas evoluções foram fundamentais para que a experiência proporcionada pelos tablets se tornasse realmente útil e inserida no cotidiano das pessoas.
Atualmente, os tablets se destacam por sua versatilidade e potência. Muitos modelos já oferecem suporte a teclados externos e canetas digitais, se aproximando assim da experiência de uso de um notebook. Mesmo diante do avanço dos smartphones e da popularização de notebooks ultraleves, os tablets mantêm sua relevância, especialmente em áreas como educação, produtividade e consumo de mídia.
A história dos tablets não é apenas um relato de inovação tecnológica, mas também um testemunho de como as ideias podem amadurecer e impactar nossas vidas. A evolução que levou da concepção visionária do GRiDPad ao sucesso estrondoso do iPad exemplifica o jeito como as invenções podem transformar o nosso dia a dia.
Na era atual, a presença dos tablets é notável, e a perspectiva de continuidade dessa evolução promete ainda mais inovações, que podem redesenhar o futuro da tecnologia e nossas interações com o mundo digital.
Imagem Redação
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