A Revolução da Inteligência Artificial: A China no Centro da Mudança Global
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, declarou recentemente que a inteligência artificial (IA) está promovendo uma transformação abrangente em todos os setores da economia, apontando a China como uma força motriz vital neste avanço global.
Durante um evento em Pequim, Huang enfatizou: “A IA está reformulando indústrias inteiras — desde a pesquisa científica até a saúde, passando por energia, transporte e logística”. Sua afirmação ressalta a magnitude da mudança provocada por essa nova tecnologia.
Na véspera, o executivo anunciou que a Nvidia voltará a comercializar na China o chip H20, especializado em aplicações de IA, após a suspensão da venda devido a restrições de exportação do governo dos Estados Unidos.
Huang também elogiou os progressos recentes da China, destacando o lançamento do modelo de IA de código aberto, DeepSeek. Este modelo, embora desenvolvido com tecnologia menos avançada, se mostra competitivo em relação a alternativas norte-americanas.
“O código aberto da China está servindo como um catalisador para o progresso global, permitindo que países e setores integrem-se à revolução da IA,” afirmou Huang, sublinhando a importância da colaboração internacional.
Essas declarações foram feitas na Exposição Internacional de Cadeias de Suprimentos, uma plataforma utilizada por Pequim para reforçar sua postura em favor do livre comércio, mesmo em meio a tensões econômicas crescentes com os Estados Unidos.
O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, aproveitou a oportunidade para criticar as políticas protecionistas de outras nações, as quais, segundo ele, interferem negativamente no mercado ao impor tarifas.
“É fundamental que construamos um consenso em prol do desenvolvimento global, e nos oponhamos firmemente à politicização de questões econômicas e comerciais,” enfatizou He, destacando a necessidade de cooperação internacional.
Jensen Huang, uma das figuras mais influentes da tecnologia global, anunciou que a Nvidia alcançou a impressionante marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado. Contudo, sua empresa se vê impedida de comercializar chips de ponta na China devido a temores de uso militar.
Para contornar as barreiras comerciais, a Nvidia desenvolveu o modelo H20, especificamente para o mercado chinês. Entretanto, em abril passado, o governo de Donald Trump endureceu as regras para exportações nesse setor.
Na última terça-feira, Huang confirmou que as autoridades norte-americanas finalmente concederam as licenças necessárias para a venda do chip H20 na China.
“Estou ansioso para iniciar os envios do H20. É uma notícia excelente,” declarou o executivo, ressaltando a expectativa em relação à revitalização das operações na China.
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