Metanol: um perigo letal; e qual o risco do etanol?

A Urgência de Proteger Nossos Adolescentes do Consumo de Álcool

A alarmante onda de mortes e sequelas graves resultantes do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente aquelas contendo metanol, revela uma questão crítica de saúde pública. Este crime, que pode ser comparado a um ato de terrorismo em sua capacidade de prejudicar e até mesmo ceifar vidas em massa, demanda a atenção imediata das autoridades competentes. Nesse contexto, é altamente recomendado que os cidadãos evitem a ingestão de bebidas alcoólicas, especialmente destilados, até que a situação seja devidamente investigada e solucionada.

Ao discutir a questão do álcool, é crucial ampliar o debate para incluir o consumo por adolescentes. Enquanto substâncias ilegais como a maconha frequentemente geram preocupações alarmantes nas famílias, o álcool se sobressai como uma droga legal e socialmente aceita, muitas vezes elevada à categoria de celebração. Estudos demonstram que essa substância tem um impacto devastador sobre os jovens, e não existe uma “dose segura” quando se trata de suas consequências.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório de 2023, já alertou que qualquer ingestão de álcool pode elevar o risco de uma série de doenças, incluindo diversos tipos de câncer, hipertensão e transtornos mentais como depressão e demência. O uso precoce de álcool na adolescência não apenas agrava esses riscos, mas também torna o cérebro em desenvolvimento ainda mais suscetível à neurotoxicidade, resultando em prejuízos na memória, atenção e controle emocional. Além disso, a experiência inicial com álcool na juventude dobra as chances de dependência e uso excessivo na vida adulta.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada em 2019, revelam que 63% dos adolescentes entre 13 e 17 anos já experimentaram bebidas alcoólicas, com quase metade deles passando por episódios de embriaguez. O primeiro contato, muitas vezes, acontece em casa, com 39,2% dos adolescentes afirmando que foram incentivados por familiares, geralmente aos 12 ou 13 anos. Além disso, a violação da proibição de venda de álcool a menores de 18 anos é uma realidade comum, com festas de 15 anos e formaturas repletas de bebidas alcoólicas, onde adolescentes ainda mais jovens frequentemente estão presentes.

Os perigos associados ao consumo de álcool vão além da saúde física. Acidentes, violência, comportamentos de risco como sexo desprotegido e até autoagressão estão intimamente ligados à ingestão de bebidas alcoólicas. Em 2022, mais de 5 mil incidentes em rodovias federais foram atribuídos a motoristas sob efeito de álcool, resultando em 200 mortes e mais de 3 mil feridos. A presença do álcool em quase metade dos casos de violência doméstica e crimes contra a mulher o posiciona como um combustível para tragédias sociais.

No Brasil, a normalização da embriaguez é um fenômeno que preocupa. Adultos frequentemente minimizam os riscos, tratando as experiências de “porradas” na juventude como algo cômico e até desejável. Desde cedo, os jovens aprendem que embriagar-se pode ser uma forma de se divertir. Essa cultura é reforçada pela proliferação de propaganda de bebidas alcoólicas em eventos esportivos e festividades populares, tornando a sua aceitação uma norma.

Não se trata de moralismo, mas sim de uma questão de saúde pública. Embora o consumo moderado de álcool possa ser uma escolha consciente para adultos, a mesma não pode ser aplicada à adolescência. É responsabilidade das famílias e da sociedade promover um ambiente onde os jovens não sejam expostos a essa substância prejudicial. As famílias devem atuar como modelos, evitando excessos na frente dos filhos e desincentivando a apologia ao consumo excessivo de álcool.

A proibição do consumo de álcool por menores de 18 anos deve ser rigorosamente respeitada. Pais devem comunicar claramente os riscos do álcool, fundamentando suas explicações em evidências científicas. Nas festas de adolescentes, o álcool não deve ser tolerado, e os responsáveis por essas celebrações têm a obrigação de garantir o cumprimento da lei, oferecendo meios seguros de transporte para os jovens.

Ainda que o etanol não cause danos imediatos como o metanol, sua ação nociva pode ser devastadora a longo prazo. É urgente transformar uma cultura permissiva que atualmente expõe nossos adolescentes a uma substância comprovadamente prejudicial. Proteger os jovens contra o consumo de álcool exige um compromisso coletivo de dizer “não” e de oferecer apoio, presença e exemplo.

Imagem Redação

Abilenio Sued

Profissional da imprensa brasileira, mergulho em palavras para levar você a cenários profundos, garantindo à informação precisa e relevante. Com uma carreira consolidada a mais de 30 anos, atuei de forma ininterruptível em 49 das 57 funções que compõem a minha profissão. Minha trajetória une o compromisso com a verdade da notícia, criação de artigos com objetivo de resolver problemas dos nossos usuários, sem deixar de lado, a criatividade no entretenimento, e, cultivando parcerias no campo profissional. Como repórter, desenvolvi expertise em apuração de matéria investigativa, aprimorei a habilidade de manter o público bem informado com à verdade, e, como narrador de assuntos, cultivo a técnica de informar de maneira impactante. Primeiro contrato de trabalho em CTPS foi na Rádio Região Industrial Ltda (Metropolitana AM 1050 kHz) a partir do dia 1º de novembro de 1995, com duração de 13 anos, atualmente, o grupo opera a Mix FM na frequência FM em Salvador, Bahia, Brasil. Passando por outras emissoras, Rádio Líder FM, primeiro repórter da Rádio Sucesso FM, Band News FM, primeiro repórter policial do Camaçari Notícias (cn1), Camaçari Fatos e Fotos, Jornal Impresso (É Notícia), repórter TV Litorânea (a cabo), TV Bandeirantes (Band Bahia), dentre outras emissoras em freelancer período carnaval. A vasta experiência inspirou a criação deste veículo de comunicação, onde a informação se expande com credibilidade, dinamismo, na velocidade da notícia, local, estadual, nacional e mundial. Fique bem informado — aqui... | Abilenio Sued | Repórter | Registro Profissional.: MTE 3.930/6.885 SRTE/BA-BR | Editor-Chefe | abilenio.com | 30 Anos News | Traduzido De Acordo Com O País De Acesso Mesmo Para Aqueles Idiomas Vulneráveis À Extinção | Publicado Para O Mundo...

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