MCTI Destaca Políticas para Mulheres em Conferência Nacional
Uma delegação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), realizada em Brasília entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro. Este evento representa um marco importante para o debate e a troca de ideias sobre políticas públicas voltadas para o público feminino, visando garantir maior inclusão de meninas e mulheres em todos os setores da sociedade, com foco especial nas áreas de Ciência e Tecnologia.
O tema da conferência, promovida pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, foi “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”. Cerca de três mil pessoas se reuniram na capital federal, celebrando uma década desde a última edição do evento e reafirmando a urgência de uma discussão aprofundada sobre a igualdade de gênero.
Elisangela Lizardo, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MCTI, destacou a relevância do encontro ao reestabelecer o diálogo entre o Governo e a sociedade. De acordo com ela, a conferência cria um espaço propício para que as cidadãs possam reivindicar direitos e dialogar sobre ações necessárias para um país mais igualitário. “É fundamental que as mulheres tenham um espaço de voz para discutir suas demandas e propor soluções efetivas”, enfatizou.
A importância da presença feminina em ambientes tradicionalmente ocupados por homens foi enfatizada por Elisangela, que afirmou que as mulheres devem estar ativas em diversas áreas — desde o espaço até a medicina. “Queremos que as mulheres contribuam para o desenvolvimento do País e também para o seu próprio crescimento pessoal”, reforçou.
Recentemente, o MCTI implantou um plano para enfrentar o assédio e a discriminação, especialmente voltado para as mulheres. Este plano contempla acolhimento às vítimas, atendimento a denúncias e ações que visem prevenir situações de constrangimento em ambientes de trabalho, buscando um ambiente mais seguro e respeitoso.
Verena Hitner, diretora do Departamento de Governança Estratégica e Indicadores de Ciência e Tecnologia, também representou o MCTI na conferência. Ela descreveu o evento como uma plataforma essencial para que as mulheres compartilhem experiências e construam uma rede de solidariedade. “A conferência é uma oportunidade para abordar problemáticas específicas e apoiar a ampliação da presença feminina em ciência e tecnologia,” destacou.
Sheila Pires, outra delegada do ministério, chamou a atenção para as iniciativas que visam aumentar a participação das mulheres em áreas de ciência, tecnologia e inovação. Para ela, o foco deve ser a criação de condições equitativas que possibilitem às mulheres liderar projetos e contribuir para soluções de desafios nacionais. “A equidade de gênero nas esferas de pesquisa e desenvolvimento é uma prioridade que deve ser perseguida com vigor”, disse Sheila.
Além disso, um grupo de trabalho foi instituído para discutir a equidade de gênero e diversidade dentro do MCTI, com o intuito de fortalecer a presença feminina em posição de liderança. “Temos a responsabilidade de fomentar um ambiente inclusivo e diverso, em que mulheres possam protagonizar mudanças significativas”, concluiu.
Na abertura do evento, a ministra Luciana Santos, a primeira mulher a liderar o MCTI, enfatizou sua missão de garantir políticas públicas que promovam a equidade de gênero no setor. “A minha responsabilidade em implementar ações afirmativas é uma das minhas bandeiras desde que assumi”, declarou. Durante sua fala, apresentou diversas iniciativas em andamento, que visam empoderar mulheres em áreas tecnológicas.
Dentre essas iniciativas, destaca-se o programa Futuras Cientistas, que já atendeu mais de 400 alunas e professoras da rede pública em 2024, e o Edital para Meninas nas Exatas, Engenharias e Computação, que investirá R$ 100 milhões até 2026 em 120 projetos e mais de 6 mil bolsas.
Outra ação relevante é a Bolsa Futuro Digital, voltada para jovens de 15 a 19 anos com 50% das vagas destinadas ao público feminino, visando garantir o reinício e a permanência nos estudos, além de qualificação e acesso a oportunidades em tecnologia da informação e comunicação.
O compromisso do MCTI não se limita apenas à equidade de gênero, mas também inclui a promoção da diversidade racial e a inclusão de mulheres com deficiência, refletindo um esforço abrangente para construir um ambiente mais justo e igualitário. A conferência reafirma a necessidade de ações contundentes e eficazes para superar barreiras e promover a representatividade feminina em todas as esferas.
Imagem Redação
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