Indenizações Atingem R$ 3,7 Bilhões por Tragedia em Mariana
Na última sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a liberação de R$ 3,7 bilhões em indenizações para 22 mil pescadores e 13,5 mil agricultores de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os beneficiários são vítimas do rompimento da barragem de Mariana, um desastre que completa dez anos.
Apoio Inadiável para os Impactados
Esses trabalhadores receberão um cartão de programa de transferência de renda, garantindo um salário mínimo e meio por 36 meses, além de um salário mínimo adicional por mais 12 meses. Essa medida visa mitigar os danos causados pela tragédia.
Rapidez nas Ações do Governo
Durante a cerimônia em Linhares (ES), na Foz do Rio Doce, Lula assegurou que, em apenas dois anos, seu governo alcançou o que não foi feito em oito anos anteriores. “Fizemos a Vale se sentar à mesa e honrar suas obrigações de reparação”, afirmou o presidente.
A Indignação com a Impunidade
A tragédia ambiental, que completa dez anos em novembro, ainda não resultou em condenações efetivas. Nenhum responsável foi punido pelo rompimento da barragem, e no ano passado, a Justiça absolveu todos os réus e empresas envolvidas, mesmo diante de acusações graves. O Ministério Público já recorreu dessa decisão.
Vítimas Clamam por Justiça
Ana Paula Ramos, agricultora familiar da Associação de Mulheres do Cacau, recebeu o benefício diretamente do presidente Lula. Ela lamentou a contaminação do Rio Doce que impede que seus filhos desfrutem do local: “Sofremos uma violência muito grande”, declarou.
Sobrevivência em Meio à Crise
Ana Paula destacou que os recursos, embora não garantam um futuro promissor, oferecem um alívio necessário. “É um dinheiro que advém de um crime que fomos severamente atingidos”, completou, evidenciando as cicatrizes deixadas pela tragédia.
Mobilização por Reparação Ampla
Heider José Boza, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), expressou gratidão ao governo pela concessão do benefício. No entanto, enfatizou a necessidade de inclusão de outros agricultores na reparação, visando equiparar as desigualdades ainda existentes.
Novo Acordo Para Reparação
O Novo Acordo do Rio Doce foi assinado em outubro de 2024 após intensas negociações entre o governo federal e as mineradoras responsáveis pelo rombo. O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, ressaltou que o acordo anterior era insatisfatório, necessitando de revisões profundas para proteger os atingidos.
Compromisso com os Atingidos
Iniciando os pagamentos no dia 10 de julho, a AGU contabilizou 300 mil pessoas e empresas cadastradas para receber indenizações, com valores que chegam a R$ 35 mil para pessoas físicas e R$ 95 mil para agricultores.
Tragédia Que Não Pode Ser Esquecida
No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da Barragem do Fundão destruiu vidas e comunidades, liberando milhões de metros cúbicos de rejeitos ao longo do Rio Doce. A tragédia não apenas ceifou vidas, mas prejudicou populações em uma vasta área de 700 quilômetros, acentuando a necessidade de reparação e justiça.
Em um esforço conjunto, o novo acordo destina R$ 132 bilhões para compensações e reparações ao longo de 20 anos, delineando um caminho esperançoso diante de uma das piores tragédias ambientais do Brasil.
Postar comentário