Great Place to Work Revela as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil
O Great Place to Work, em parceria com Época Negócios e Valor, celebra nesta quarta-feira (8) a 29ª edição do ranking das melhores empresas para trabalhar no Brasil. A premiação, que ocorrerá a partir das 18h30 no Espaço Unimed, em São Paulo, destaca organizações que se sobressaem em proporcionar um ambiente de trabalho positivo e inclusivo para seus colaboradores.
Neste ano, mais de cinco mil empresas se inscreveram para participar da avaliação. As 175 companhias vencedoras foram organizadas em três categorias, levando em conta o número de funcionários: 20 empresas com 10 mil ou mais colaboradores; 85 com entre 1.000 e 9.999 funcionários; e 70 organizações com 100 a 999 trabalhadores computados no Brasil. Esta classificação demonstra a pluralidade e a competitividade do mercado de trabalho nacional.
Para figurar entre as escolhidas, as empresas precisam atender a requisitos específicos. É necessário possuir um mínimo de 100 empregados e garantir a certificação do Great Place to Work, um reconhecimento que atesta a qualidade do ambiente laboral. Para obter essa certificação, as organizações precisam alcançar pelo menos 70% de aprovação entre seus colaboradores, evidenciando a importância da satisfação no local de trabalho.
Um dos critérios essenciais para a avaliação do GPTW é a capacidade das equipes em se adaptarem às transformações e a habilidade em gerar soluções criativas com rapidez. Os dados de 2025 revelam diferenças significativas entre o Índice de Velocidade da Inovação (IVR) das empresas selecionadas e aquelas que não figuram na lista. Este indicador é crucial na avaliação da performance das organizações frente aos desafios contemporâneos.
Analisando o panorama das empresas não incluídas entre as melhores, constata-se que 66% delas se encontram em um estágio de atrito, caracterizado por dificuldades em inovar e promover mudanças. Em contrapartida, apenas 36% das empresas vencedoras compartilham desse cenário. No estágio funcional, onde as equipes apresentam boas ideias, mas enfrentam dificuldades em implementar as mudanças rapidamente, encontram-se 27% das não classificadas contra 40% das premiadas. O que mais impressiona é a diferença no estágio acelerado, em que a inovação é constante: 24% das melhores empresas atingem esse patamar, contrastando com apenas 7% das demais.
Das 40 empresas que se destacaram nesse nível elevado de inovação, todas reportaram um crescimento médio de 25% no faturamento entre 2023 e 2024. Este índice é quase o dobro do crescimento médio de 14% registrado pelas 175 classificadas. “Empresas com alta capacidade de inovar testam mais, criam mais e acabam antecipando-se ao mercado com produtos e serviços que atendem ou até criam novas demandas”, afirmou Daniela Diniz, diretora de comunicação e relações institucionais do Great Place to Work. A velocidade de aprovação para que propostas sejam implementadas é um fator que impacta diretamente o sucesso dessas inovações.
Apesar dos avanços, a promoção da diversidade ainda é um desafio persistente para muitas empresas, mesmo aquelas que implementam programas voltados para essa causa. Das mais de 780 mil pessoas empregadas pelas 175 melhores empresas, apenas 5% têm 55 anos ou mais – um número que permaneceu o mesmo em relação ao ano passado. Além disso, a presença feminina é minoritária em todos os níveis: as mulheres representam 43% do total de funcionários, 32% dos cargos de liderança e apenas 10% das posições de CEO.
No que diz respeito ao recorte étnico, a situação é ainda mais alarmante. Os colaboradores negros e pardos somam apenas 38%, um percentual que fica significativamente abaixo dos 56% registrados na população geral do país, segundo o Censo Demográfico de 2022. Essa discrepância aponta para a necessidade urgente de estratégias mais eficazes na inclusão de grupos sub-representados no ambiente de trabalho.
À medida que as empresas se preparam para celebrar suas conquistas, o Great Place to Work reafirma a importância da adaptação e inovação em um mundo em constante mudança. As relações de trabalho saudáveis e inclusivas são mais do que uma meta: são essenciais para o sucesso a longo prazo das organizações no Brasil.
Imagem Redação
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