Gosma preta encontrada em navio dos EUA revela a presença de microrganismos inéditos.

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Cientistas Descobrem Microrganismos Inusitados em Navio de Pesquisa nos Grandes Lagos

O vibrante navio de pesquisa Blue Heron navega pelas vastas águas dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, coletando dados essenciais sobre a qualidade da água. Porém, a mais recente descoberta dessa labuta científica originou-se de um local inusitado: o leme da embarcação!

Após um intenso cruzeiro em setembro, destinado a investigar a proliferação de algas nos lagos Erie e Superior, a tripulação se deparou com uma substância negra, semelhante a alcatrão, vazando do eixo do leme, um mecanismo vital para a manobra da embarcação de cerca de 27 metros. Intrigados pelo evento, Doug Ricketts, superintendente marítimo e pesquisador do Observatório de Grandes Lagos da Universidade de Minnesota Duluth, decidiu coletar uma amostra do material para análise.

Os cientistas ficaram boquiabertos ao descobrir que o material era habitado por diversas formas de vida, incluindo microrganismos até então desconhecidos. O que foi nomeado informalmente de “ShipGoo001” parece estar prosperando em um ambiente privilegiado, livre de oxigênio, localizado no eixo do leme.

“Não esperávamos encontrar organismos vivos nessa parte do navio”, destacou Ricketts, referindo-se ao compartimento fechado do eixo do leme. “Essa área não se movimenta com frequência e não está exposta ao ambiente externo”.

Se novas amostras dessa substância forem encontradas, as ideias são promissoras: o objetivo será coletá-las sem perturbar o ambiente anaeróbico que as abriga, conforme afirmou o pesquisador principal, Cody Sheik, ecologista microbiano do Observatório. Uma investigação mais profunda pode revelar novas espécies de micróbios fascinantes.

“É surpreendente e totalmente inesperado. Todas as inovações que criamos geram novos habitats, possivelmente adequados para microrganismos”, comentou Sheik. “Isso nos leva a refletir: o que mais podemos estar perdendo por não explorarmos e observarmos nosso entorno?”

Em meio a tudo isso, parte do DNA extraído da substância negra foi identificada como proveniente de microrganismos novos para a ciência, enquanto outra parte se relacionava a amostras conhecidas, encontradas em locais variados do mundo, como o Mediterrâneo e a costa da Califórnia.

“Essa diversidade de ambientes onde essas amostras aparecem é fascinante”, revelou Sheik, “e um estudo mais amplo poderá revelar muito sobre o potencial desses organismos”.

Muitas perguntas ainda estão no ar, como a origem dessa substância e seu potencial para causar biocorrosão no navio. Se realmente for capaz de consumir ou degradar o aço da embarcação, será um assunto a ser considerado para a construção naval, especialmente em barcos que navegam nas águas doces dos Grandes Lagos.

Os cientistas planejam compartilhar suas descobertas em um próximo artigo, que incluirá também os genomas completos dos microrganismos para que outros pesquisadores possam avançar nesta linha de pesquisa.

E as potenciais aplicações desse material não param por aí! Organismos produtores de metano presentes na substância poderiam ter um papel essencial na produção de biocombustíveis. Por ora, a equipe de pesquisa está de olho em mais ocorrências dessa substância em outras embarcações, visando coletar novas amostras e realizar testes mais aprofundados.

A Origem da Gosma

Considerando que existem cerca de 1 trilhão de espécies microbianas em nosso planeta, a descoberta de algo novo não é tão surpreendente assim, segundo Jeffrey Marlow, professor assistente de biologia da Universidade de Boston. “O que realmente importa são os locais onde essas novas espécies são encontradas e suas histórias genômicas,” acrescentou.

Para desvendarem a origem desse material intrigante, Sheik e sua equipe estão investigando a história da embarcação, que é um antigo barco de pesca adquirido há quase 30 anos pela Universidade de Minnesota Duluth. É possível que lubrificantes usados anteriormente tenham contribuído para o surgimento dos organismos que agora habitam essa região, uma vez que a substância gelatinosa não foi registrada durante a última inspeção do navio.

Marlow sugeriu que a substância viscosa pode ter chegado ao eixo do leme por meio da neve marinha, que carrega matéria orgânica morta e pode criar ambientes sem oxigênio.

Sheik está determinado a explorar todas essas possibilidades, ponderando se a substância se desenvolveu no leme ou se foi transportada de outro local.

“É fascinante como a amostra chegou até os microbiologistas — isso evidencia uma cultura de conscientização sobre microbiologia,” finalizou Marlow. “Nos faz refletir sobre quantos microrganismos surpreendentes podem estar vivendo ao nosso redor, nos lugares mais inusitados”.


Imagem Redação

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Abilenio Sued

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