Novo Corpo Celeste Além de Plutão: Uma Revolução na Astronomia
Descoberta Que Desafia o Conhecimento Atual do Sistema Solar
Entre março e agosto de 2023, o Telescópio Subaru, situado no Havaí, revelou um novo corpo celeste além de Plutão. Nomeado 2023KQ14, esse objeto celeste apresenta a oportunidade de proporcionar insights fundamentais sobre a estrutura externa do Sistema Solar.
Impacto Revelador da Nova Classificação
Os detalhes dessa descoberta foram divulgados em um artigo na renomada revista Nature Astronomy, na última segunda-feira. Inserido no projeto FOSSIL II (Formation of the Outer Solar System), 2023KQ14 foi classificado como um sednoide, marcando sua posição como o quarto exemplo desse tipo já registrado.
Uma Estabilidade de Milênios
Simulações indicam que 2023KQ14 possui uma órbita estável há pelo menos 4,5 bilhões de anos. Dados sugerem que todos os sednoides exibiram um agrupamento orbital há aproximadamente 4,2 bilhões de anos, com alta confiabilidade estatística.
Divergências Orbitais: O Que Isso Significa?
Conforme aponta Yukun Huagh, investigador do NAOJ (Observatório Astronômico Nacional do Japão), a trajetória irregular de 2023KQ14 sugere uma complexidade não prevista no Sistema Solar externo. “O alinhamento único de sua órbita diminui a viabilidade da hipótese do Planeta Nove. É possível que um planeta tivesse existido, mas foi expulso, alterando as órbitas conforme observadas atualmente”, afirmou.
Rumores de um Planeta Perdido
Desde a descoberta de Netuno em 1846, a busca por um planeta que influencie as órbitas de Urano e Netuno se intensificou. A formulação da hipótese levou à descoberta de Plutão em 1930, mas mais tarde ficou claro que ele não poderia ser a causa das perturbações orbitais observadas, reiniciando a jornada em busca do nono planeta.
Estudos indicam que esse corpo celeste aparentemente perdido reside além do Cinturão de Kuiper, uma vasta região do espaço que torna desafiadora a sua deteção.
Agora, os pesquisadores acreditam que se de fato o nono planeta existir, sua órbita pode estar localizada ainda mais longe do que previamente estimado.
Fumi Yoshida, colaborador do projeto, ressalta que “2023KQ14 foi identificado em uma região remota, onde as influências gravitacionais de Netuno são mínimas. A presença de objetos com órbitas alongadas sugere que um evento extraordinário ocorreu na era primitiva, durante a formação de 2023KQ14”.
Imagem Redação.
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