Fim da obrigatoriedade de autoescolas levanta preocupações sobre segurança viária

Fim da Obrigatoriedade de Autoescolas para CNH: Mudança Impactante à Vista

O projeto que busca eliminar a obrigatoriedade de frequentar autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) avançou significativamente na semana passada, após receber o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a liderança do ministro dos Transportes, Renan Filho, o governo pretende implementar essas novas regras ainda este ano. Contudo, essa proposta precisa ser amplamente debatida em virtude de suas potenciais repercussões na segurança do trânsito em todo o país.

As definições sobre como exatamente serão aplicadas as mudanças ainda estão em aberto. Uma possibilidade inclui a manutenção de aulas práticas, mas com uma carga horária reduzida. Assim, futuros motoristas teriam a opção de contratar profissionais autônomos para realizar suas práticas. Inicialmente, as novas normas se aplicariam apenas a categorias que envolvem motos e carros de passeio, com a possibilidade de uma eventual expansão para outras categorias, caso o resultado se mostre positivo. É importante ressaltar que a proposta não elimina a obrigatoriedade de provas teóricas e práticas.

Um dos principais objetivos dessa iniciativa é reduzir o custo das aulas, um entrave significativo para muitos motoristas de baixa renda que desejam se habilitar. Dados do Ministério dos Transportes revelam que cerca de 55% dos motociclistas não possuem habilitação. Atualmente, a legislação do Conselho Nacional de Trânsito exige 20 horas de aulas em autoescolas. Segundo Renan Filho, a mudança pode resultar na redução de custos em até 80%, dependendo das exigências mínimas para as aulas práticas.

Desde o anúncio do projeto, sua implementação gerou controvérsias. A Federação Nacional das Autoescolas alega que essa mudança poderá levar ao fechamento de 15 mil empresas e à perda de mais de 170 mil postos de trabalho. Para a Associação Nacional dos Detrans, qualquer alteração deve garantir a qualidade da formação dos motoristas. Especialistas em transporte, como Ronaldo Balassiano, destacam a importância de discutir onde e como os motoristas aprenderão a dirigir, além de quem terá a responsabilidade de supervisionar os novos condutores.

As exigências em relação à autoescola variam consideravelmente ao redor do mundo. Países como Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido e Argentina possuem regras mais flexíveis, permitindo que os candidatos façam os exames teóricos e práticos sem a necessidade de aulas formais. Por outro lado, na Alemanha, Rússia, China e Japão, a frequência em cursos é obrigatória.

Embora a discussão sobre custos e burocracia seja válida, ela não deve ser o único foco. O trânsito brasileiro é notoriamente inseguro, com taxas alarmantes de acidentes. A possibilidade de eliminar a exigência de aulas práticas levanta preocupações sobre como essa mudança poderá impactar a segurança viária, mesmo com a manutenção das provas teóricas e práticas. O diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, alerta que a situação poderia se agravar, uma vez que a educação no trânsito já é bastante deficiente no Brasil. Ele sugere que, ao invés de abolir a exigência de autoescolas, o governo poderia implementar políticas públicas com subsídios para ajudar motoristas de baixo poder aquisitivo.

Em meio a esse cenário, é crucial que a consulta pública anunciada pelo governo seja aproveitada para discutir amplamente a questão, com foco primordial na segurança no trânsito. Diante de um panorama repleto de imprudência e desrespeito, torna-se essencial garantir que os motoristas recebam a melhor preparação possível. Quanto mais bem informados e preparados estiverem, mais habilitados estarão para enfrentar os desafios das ruas e estradas.

Esta mudança, embora busque modernizar e desburocratizar o processo de obtenção da CNH, levanta questões fundamentais sobre a formação de motoristas e a segurança no trânsito. O futuro da mobilidade no Brasil está em jogo e as decisões tomadas neste momento terão repercussões a longo prazo. As autoridades devem agir com cautela e responsabilidade, garantindo que todos os aspectos da segurança viária sejam considerados.

![](Imagem Redação)

Abilenio Sued

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