PIX Sob Foco: Investigação dos EUA Alerta para Possíveis Desafios
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que o Pix é fundamental para a competição e a eficiência do sistema de pagamentos. Em nota divulgada nesta sexta-feira (18), a entidade destacou que essa ferramenta opera em um modelo aberto, atraindo participação de diversas instituições, incluindo bancos, fintechs e organizações estrangeiras.
“O Pix é uma infraestrutura pública, não um produto comercial, e promove a competitividade no sistema de pagamentos, estimulando a atividade econômica”, declarou a Febraban.
Além disso, a Febraban esclareceu que não existem restrições para a entrada de novos players, independentemente do porte ou procedência, desde que atuem no mercado nacional, uma vez que o Pix opera exclusivamente em reais.
O sistema de pagamentos brasileiro atraiu a atenção dos Estados Unidos, que iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais consideradas “desleais”. Este movimento, iniciado na última terça-feira (15), teria como pano de fundo a concorrência com serviços como o WhatsApp Pay e bandeiras de cartões norte-americanos, além do papel do Pix como alternativa ao dólar em transações internacionais.
A investigação foi anunciada pelo representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, em um documento que menciona “serviços de pagamento eletrônico do governo”, sem citar diretamente o Pix.
“Acreditamos que as preocupações do USTR se baseiam, em grande parte, em informações incompletas sobre o funcionamento do Pix. Esperamos que as contribuições do Banco Central do Brasil e do setor bancário, incluindo bancos americanos, ajudem a esclarecer as questões levantadas”, afirmou a Febraban.
O Pix é acessível a todos os residentes no Brasil, sejam brasileiros ou estrangeiros, tanto pessoas físicas quanto empresas, desde que possuam uma conta em instituição financeira. A ferramenta é gratuita para indivíduos, mas pode ser cobrada das empresas sem distinção entre brasileiras e estrangeiras.
Atualmente, o sistema conta com 168 milhões de usuários, movimentando aproximadamente R$ 2,5 trilhões mensalmente.
Imagem Redação
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