Banco Central Recebe Propostas para Internacionalização do Pix
O Banco Central do Brasil está prestes a dar um passo significativo na internacionalização do sistema de pagamentos Pix. Recentemente, a instituição recebeu propostas formais de dois países estrangeiros que desejam integrar seus sistemas de pagamentos ao modelo brasileiro. Essa iniciativa, embora ainda em fase de análise, destaca a crescente importância do Pix como um modelo de eficiência no setor financeiro global e abre portas para operações financeiras transfronteiriças.
A revelação das propostas foi feita pela coluna Broadcast, do Estado de São Paulo. Embora os países que apresentaram as sugestões não tenham sido divulgados, a ação marca um avanço importante, demonstrando que esses países estão prontos para não apenas adotar o modelo do Pix, mas também propor planos concretos e prazos para sua implementação. Este interesse crescente por parte de nações estrangeiras para integrar seus sistemas de pagamento com o Pix reforça a reputação do Brasil como pioneiro em soluções financeiras digitais.
As propostas agora seguirão para a avaliação da diretoria colegiada do Banco Central, que terá a responsabilidade de analisar e decidir se as solicitações serão aprovadas e incluídas na agenda de inovação a partir de 2026. Essa inclusão poderia representar um avanço significativo na internacionalização do sistema, além de ampliar ainda mais as funcionalidades do Pix, que já é amplamente elogiado por sua eficiência e custo zero para o usuário final.
No entanto, essa integração não será isenta de desafios. A equipe do Banco Central já sinalizou que a fusão do Pix a sistemas de pagamentos estrangeiros pode enfrentar barreiras técnicas e financeiras. A instituição optou por aguardar o anúncio de planos estratégicos de grandes economias, como os Estados Unidos e a União Europeia, a fim de obter uma visão mais clara sobre o cenário global de pagamentos antes de alocar recursos significativos para a internacionalização do Pix.
Além desse contexto internacional, o Banco Central também se dedica a desenvolver novas funcionalidades internas para o sistema de pagamentos, que serão introduzidas nos próximos anos. Entre as inovações previstas está o Pix Parcelado, que permitirá a realização de compras a prazo através de operações de crédito. As regulamentações para essa nova modalidade serão anunciadas até o final deste mês, garantindo um novo patamar de flexibilidade para os usuários.
Outra novidade importante que está em desenvolvimento é o Pix em Garantia, cuja implementação deve ocorrer entre 2026 e 2027. Essa funcionalidade permitirá que empresas utilizem recebíveis de Pix como garantia para empréstimos, criando um ambiente mais propício para o financiamento e a criação de novos negócios. Além disso, o Banco Central está trabalhando em um sistema que possibilitará pagamentos off-line, usando QR Codes, ampliando ainda mais as possibilidades de uso do Pix.
Em resposta a uma série de ataques cibernéticos que evidenciaram vulnerabilidades no sistema, a segurança do Pix se tornou uma das prioridades máximas do Banco Central. Entre agosto e setembro, houve uma onda de invasões que resultaram em prejuízos superiores a US$ 1 bilhão. Essa situação alarmante levou a instituição a implementar medidas emergenciais para reforçar a segurança, que incluem o bloqueio de chaves usadas em fraudes e a limitação de valores para operações em instituições não autorizadas.
Diante desse cenário, o foco do Banco Central se deslocará momentaneamente de outros projetos de inovação, como a moeda digital do banco central, chamada Drex, para garantir a segurança e confiabilidade do sistema imediato. Além disso, com o crescente interesse em criptomoedas, a instituição também se comprometeu a divulgar normas operacionais para Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs) e a desenvolver regras específicas para operações envolvendo stablecoins.
Com uma agenda tão cheia de inovações e desafios, o Banco Central do Brasil continua a se posicionar como um líder em soluções de pagamento digital, atraindo interesse internacional e promovendo um ambiente de pagamentos mais robusto e seguro.
Imagem Redação
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