Déficit das Contas Externas atinge US$ 5,1 bilhões em junho

Brasil Enfrenta Déficit Externo Alarmante em Junho

O Brasil registrou um saldo negativo de US$ 5,131 bilhões nas contas externas em junho, conforme dados divulgados pelo Banco Central. No mesmo período do ano anterior, o déficit foi menor, somando US$ 3,368 bilhões nas transações correntes, que englobam compras, vendas de mercadorias, serviços e transferências com o exterior.

Esse agravamento se deve a uma queda de US$ 375 milhões no superávit comercial e ao aumento dos déficits em renda primária e serviços, que somaram, respectivamente, US$ 1,3 bilhão e US$ 159 milhões. O único ponto positivo foi o incremento de US$ 33 milhões no superávit da renda secundária.

No acumulado de 12 meses até junho, o déficit em transações correntes alcançou US$ 73,135 bilhões, representando 3,42% do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação ao mesmo período do ano passado, essa cifra é alarmante, uma vez que o déficit havia se situado em US$ 28,893 bilhões (1,28% do PIB).

De acordo com o Banco Central, embora o panorama das transações correntes mostrasse uma tendência de redução nos déficits até março de 2024, essa trajetória se reverteu. Apesar disso, o déficit externo é financiado por capitais de longo prazo, majoritariamente com investimentos diretos, que provêm de recursos de boa qualidade.

Balança Comercial: Superávit Abaixo do Esperado

As exportações de bens em junho totalizaram US$ 29,285 bilhões, um pequeno aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. Já as importações somaram US$ 23,998 bilhões, uma alta de 2,8%. O superávit da balança comercial caiu para US$ 5,287 bilhões, abaixo dos US$ 5,661 bilhões registrados em junho de 2024.

O déficit na conta de serviços, que abrange viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, alcançou US$ 4,518 bilhões, em comparação a US$ 4,358 bilhões no ano anterior.

Os gastos com serviços de telecomunicações, computação e informações subiram 24,6%, totalizando US$ 623 milhões. Outros setores também mostraram crescimento, como propriedade intelectual, aluguel de equipamentos e transporte, todos influenciados pelos aumentos nos preços e na movimentação de comércio internacional.

No tocante a viagens, o déficit fechou em US$ 1,3 bilhão, marcando uma elevação de 17%, impulsionado pelas despesas de brasileiros no exterior, que totalizaram US$ 1,832 bilhão.

Impacto das Rendas e Financiamentos no Cenário Econômico

O déficit em renda primária em junho deste ano alcançou US$ 6,202 bilhões, um aumento de 25,5% em relação ao ano passado. Essa conta geralmente apresenta resultado negativo devido ao alto volume de investimentos estrangeiros no Brasil, que resulta em lucros enviados para fora do país.

A conta de renda secundária, que inclui doações e remessas, apresentou um superávit de US$ 302 milhões, em comparação ao superávit de US$ 269 milhões no mesmo mês do ano passado.

Investimentos Diretos: Uma Luz nas Contas Externas

Os investimentos diretos no Brasil somaram US$ 2,810 bilhões em junho, uma queda em relação aos US$ 6,269 bilhões do ano anterior. Essa modalidade de investimento é crucial para cobrir o déficit nas transações correntes, sendo a mais adequada para financiar a economia, dado que tende a ser de longo prazo.

Além disso, o IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 67,017 bilhões, representando 3,14% do PIB, uma diminuição em comparação ao término de junho do ano anterior.

Os investimentos em carteira no mercado interno tiveram uma entrada líquida de US$ 2,326 bilhões, composta por US$ 4,560 bilhões em títulos de dívida e saídas líquidas de US$ 2,234 bilhões em ações e fundos. No total, os investimentos em carteira registraram ingressos líquidos de US$ 4,1 bilhões nos últimos 12 meses.

As reservas internacionais do país alcançaram US$ 344,440 bilhões em junho, um crescimento de US$ 2,981 bilhões em relação ao mês anterior.

Revisão Importante do Balanço de Pagamentos

Recentemente, o Banco Central anunciou a revisão do balanço de pagamentos, que resultou na redução do déficit em transações correntes de US$ 61,2 bilhões (2,81% do PIB) para US$ 57,9 bilhões (2,66% do PIB) no ano anterior, refletindo uma considerável melhoria nos dados econômicos.

Imagem Redação

Abilenio Sued

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