Conselho Superior do Cinema Define Diretrizes para o Futuro do Audiovisual Brasileiro
Na manhã desta sexta-feira (3), Brasília foi palco da 7ª Reunião Ordinária do Conselho Superior do Cinema, um evento de grande relevância para o setor audiovisual. O encontro destacou-se não apenas pela cerimônia de posse de novos conselheiros, mas também pela discussão sobre o plano de trabalho e cronograma de reuniões do colegiado para o biênio 2025-2027.
O evento teve a condução do secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares. Durante a cerimônia, ele enfatizou a importância estratégica do audiovisual para o Brasil. “O cinema transcende o entretenimento; é uma manifestação de nossa soberania e identidade, refletindo como nos reconhecemos e projetamos no mundo. Cada obra cinematográfica produzida no Brasil se transforma em um espaço de memória, criatividade e esperança. Este Conselho, com sua diversidade e competência técnica, é fundamental para a recuperação e reconstrução das políticas do nosso audiovisual”, afirmou Tavares.
A secretária do Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, destacou a composição democrática e inclusiva do colegiado, que possui paridade de gênero e representa as diversas facetas do ecossistema audiovisual no país. Gonzaga ressaltou que o grupo é um marco histórico ao incorporar a ampla gama de vozes que compõem a indústria, desde a criação até a exibição. “Estamos diante de um grande desafio, mas nossa equipe está profundamente engajada e qualificada”, complementou.
Na cerimônia, também tomaram posse representantes de diversos órgãos da administração pública federal, incluindo o MinC, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Casa Civil, o Ministério das Comunicações (MC), e outros ministérios essenciais para a pasta cultural. Além de representantes das esferas governamentais, o Conselho conta com a participação de profissionais consagrados do setor audiovisual, como cineastas, produtores e roteiristas, bem como ativistas da sociedade civil comprometidos com a promoção do cinema brasileiro.
A reunião, conduzida por Joelma Gonzaga e pela coordenadora-geral de Governança Audiovisual do MinC, Renata Magioli, proporcionou um espaço para deliberar sobre o planejamento e cronograma de reuniões para os próximos dois anos. As propostas discutidas incluem encontros trimestrais presenciais e reuniões virtuais mensais, visando facilitar a colaboração efetiva e o compartilhamento de ideias. O objetivo principal é desenvolver políticas públicas robustas baseadas em dados e evidências, em prol do crescimento do audiovisual no Brasil, com propostas já em vias de aprovação.
Durante as deliberações, o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, sublinhou a necessidade de valorizar a produção cultural negra no Brasil. “É essencial que este Conselho nos ajude a revisitar as histórias dos acervos negros no Rio Grande do Sul, assim como as narrativas da Amazônia e do Centro-Oeste. A inclusão dessas vozes é crucial para a formação de uma história mais completa e justa”, declarou Rodrigues.
Os novos conselheiros expressaram sua gratidão pela oportunidade de contribuir ativamente para o planejamento do setor audiovisual, reconhecendo a importância da participação da sociedade civil nesse processo. O plano de trabalho, estruturado e bem definido, foi amplamente discutido e a receptividade entre os conselheiros foi entusiástica.
Com essa nova formação e a discussão detalhada das diretrizes para os próximos dois anos, o Conselho Superior do Cinema reafirma sua importância na reconstrução do Ministério da Cultura e na implementação de políticas públicas que favoreçam a diversidade, sustentabilidade e o desenvolvimento do audiovisual brasileiro. A expectativa é que as mudanças promovidas pelo colegiado não apenas contribuam para a evolução do cinema nacional, mas também para um fortalecimento da identidade cultural do país.
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