Alcolumbre Reafirma Independência do Congresso em Meio à Crise Bilateral
Na noite de ontem, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), fez uma declaração importante sobre a crescente crise política, diplomática e comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. Ele assegurou que o Parlamento brasileiro não aceita interferências nos Poderes da República.
Alcolumbre, sem mencionar diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que enfrenta sanções do governo de Donald Trump, expressou sua confiança no fortalecimento do Poder Judiciário.
“Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, incluindo o Poder Judiciário, que é fundamental para garantir nossa soberania nacional, uma questão inegociável. O Congresso Nacional não aceita interferências em nossos Poderes”, destacou Alcolumbre em nota divulgada à imprensa às 23h32.
O presidente do Senado tem enfrentado pressão de senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro para pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Em sua declaração, Alcolumbre enfatizou que o Parlamento permanece atento e unido na defesa dos interesses nacionais, sempre vigilante na proteção das instituições e da soberania do país.
De acordo com Alcolumbre, o Senado está buscando reforçar o diálogo e procurando soluções equilibradas que preservem os interesses do Brasil.
“O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, visando restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações”, comentou.
No encerramento de seu comunicado, Alcolumbre deixou claro que o Congresso está acompanhando de perto os desdobramentos da situação, em colaboração com o Executivo e o Judiciário, para garantir a proteção da economia e a defesa intransigente das instituições democráticas.
Mais cedo, por volta das 18h43, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), também fez uma declaração contundente, condenando sanções de nações estrangeiras direcionadas a membros dos Poderes do Brasil.
“Como país soberano, não podemos apoiar nenhum tipo de sanção de países estrangeiros contra membros de qualquer Poder constituído da República, seja parlamentares, membros do executivo ou ministros dos Tribunais Superiores”, afirmou o deputado.
Em uma reviravolta no cenário internacional, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos Estados Unidos impôs sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Foram usadas disposições da Lei Magnitsky, que visa punir supostos violadores de direitos humanos no exterior. Essa sanção resulta no bloqueio de bens e empresas dos alvos nos EUA, caso Moraes possua controle acionário em empresas americanas.
O Departamento de Tesouro dos EUA justifica a ação alegando que Moraes infringiu a liberdade de expressão e autorizou “prisões arbitrárias”, referindo-se ao julgamento ocorrido em relação à tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023 e decisões que afetaram empresas de mídia social americanas.
Imagem Redação
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