Conflito entre Tráfico e Milícia Envolve Negócios Irregulares Avaliados em R$ 2 Milhões

Tensão em Rio das Pedras: A Luta pelo Controle do Território

A favela de Rio das Pedras, localizada na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, emerge como um cenário de intensos conflitos entre milícias e grupos de tráfico de drogas. Com uma população estimada em 55 mil habitantes, conforme o Censo 2022 do IBGE, Rio das Pedras é atualmente a única comunidade do Itanhangá sob controle de paramilitares. Outros morros da região, como o Morro do Banco, Muzema e Tijuquinha, já se encontram dominados por facções do tráfico. Este ambiente de rivalidade gera uma constante batalha pelo domínio, onde a milícia tem se mantido firme, apesar das contínuas investidas do Comando Vermelho, que não mede esforços para inserir-se no território.

De acordo com estimativas policiais, a milícia ativa em Rio das Pedras arrecada cerca de R$ 2 milhões por mês, provenientes de atividades ilícitas. Entre essas, destacam-se a venda clandestina de serviços de internet e televisão a cabo, assim como a cobrança de taxas de segurança, oferecendo uma visão alarmante sobre a economia da comunidade. Contudo, a luta pelo controle não se dá sem consequências trágicas. Neste ano, a violência resultou na morte de três moradores, vítimas de balas perdidas em face de confrontos armados no interior da comunidade.

A situação em Rio das Pedras se deteriora a cada dia, com a disputa por controle se intensificando. Recentemente, um ataque cruento deixou duas vítimas fatais: uma camareira aposentada e um jovem entregador. O ocorrido se deu em um cenário de forte tiroteio na Rua Nova, onde traficantes do Comando Vermelho, supostamente vindos da Gardênia Azul, disparam em direção a um suspected miliciano. As balas, indiscriminadas, atingiram aqueles que nada tinham a ver com o confronto, evidenciando a absurda realidade da violência na favela.

As vítimas, Iraci Adelgado Silva, de 78 anos, e Jorge Luiz dos Santos Reis, de 17, se tornaram mais um triste exemplo da insegurança que assola Rio das Pedras. Iraci, conhecida pelo hábito de conversar com os vizinhos na rua, foi alvejada enquanto cumpria sua rotina. Jorge, que conciliava trabalho de montador de móveis durante o dia e entregador à noite, também estava sem envolvimento com a criminalidade no momento do ataque. Esses episódios reforçam a necessidade urgente de medidas efetivas de segurança que protejam os inocentes em meio a uma guerra de facções.

Historicamente, Rio das Pedras já foi palco de tentativas de invasão por grupos rivais, notadamente em novembro do ano passado, quando traficantes armados tentaram tomar a comunidade, resultando em confrontos violentos. A resposta das autoridades foi rápida, com a mobilização do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que resultou na apreensão de armamentos pesados e na prisão de vários envolvidos. A repressão, no entanto, é apenas uma parte da solução para um problema que se alastra ao longo do tempo.

Investigações em andamento pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) buscam elucidar não apenas as recentes mortes, mas também as dinâmicas que perpetuam a violência em Rio das Pedras. A ação de figuras como Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos chefes do Comando Vermelho, revela a complexidade do problema. Com 34 mandados de prisão em aberto, Doca se posiciona como um importante elo na cadeia de comando que instiga as disputas territoriais.

A urgência de intervenções eficazes é clara. A população de Rio das Pedras, assim como de outras comunidades afetadas pela guerra de facções, clama por medidas que garantam segurança e proporcionem um ambiente de paz. A implementação de políticas públicas sólidas, que abordem a raiz do problema e ofereçam alternativas para os jovens, são essenciais para promover a mudança necessária.

Neste contexto, a segurança não deve ser uma mera promessa, mas uma realidade a ser conquistada. Cada dia que passa, vidas inocentes estão em risco, e a luta pela paz em Rio das Pedras deve ser urgentemente priorizada. O desafio é grande, mas a esperança é ainda maior; é preciso agir, e agir agora.

Imagem Redação

Abilenio Sued

Profissional da imprensa brasileira, mergulho em palavras para levar você a cenários profundos, garantindo à informação precisa e relevante. Com uma carreira consolidada a mais de 30 anos, atuei de forma ininterruptível em 49 das 57 funções que compõem a minha profissão. Minha trajetória une o compromisso com a verdade da notícia, criação de artigos com objetivo de resolver problemas dos nossos usuários, sem deixar de lado, a criatividade no entretenimento, e, cultivando parcerias no campo profissional. Como repórter, desenvolvi expertise em apuração de matéria investigativa, aprimorei a habilidade de manter o público bem informado com à verdade, e, como narrador de assuntos, cultivo a técnica de informar de maneira impactante. Primeiro contrato de trabalho em CTPS foi na Rádio Região Industrial Ltda (Metropolitana AM 1050 kHz) a partir do dia 1º de novembro de 1995, com duração de 13 anos, atualmente, o grupo opera a Mix FM na frequência FM em Salvador, Bahia, Brasil. Passando por outras emissoras, Rádio Líder FM, primeiro repórter da Rádio Sucesso FM, Band News FM, primeiro repórter policial do Camaçari Notícias (cn1), Camaçari Fatos e Fotos, Jornal Impresso (É Notícia), repórter TV Litorânea (a cabo), TV Bandeirantes (Band Bahia), dentre outras emissoras em freelancer período carnaval. A vasta experiência inspirou a criação deste veículo de comunicação, onde a informação se expande com credibilidade, dinamismo, na velocidade da notícia, local, estadual, nacional e mundial. Fique bem informado — aqui... | Abilenio Sued | Repórter | Registro Profissional.: MTE 3.930/6.885 SRTE/BA-BR | Editor-Chefe | abilenio.com | 30 Anos News | Traduzido De Acordo Com O País De Acesso Mesmo Para Aqueles Idiomas Vulneráveis À Extinção | Publicado Para O Mundo...

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