Dois Brasileiros Finalistas do Prêmio Earthshot 2025: Uma Onda de Esperança Ambiental chega ao Rio

Em um momento de grande relevância ambiental, dois projetos brasileiros se destacam entre os finalistas do Prêmio Earthshot 2025. Esta importante iniciativa, idealizada pela Coroa Britânica, visa promover soluções inovadoras para a crise climática. Representando o Brasil, estão o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) e a startup re.green, ambos indicados na categoria dedicada à recomposição de ecossistemas terrestres. A cerimônia de premiação deste ano será realizada no vibrante cenário do Rio de Janeiro, local que simboliza a luta pela preservação ambiental.

A lista completa de indicados foi revelada recentemente, incluindo outras iniciativas impactantes de diversas partes do mundo. Nomes como o governo de Barbados e o inovador Quay Quarter Tower, o primeiro arranha-céus reciclado globalmente, também estão entre os finalistas, evidenciando o compromisso crescente com a sustentabilidade em escala internacional.

O Prêmio Earthshot foi criado em 2020 pelo príncipe William, inspirado pelo legado do ex-presidente americano John Kennedy, que desafiou seu país a enviar homens à Lua dentro de uma década. Assim como o “moonshot”, a iniciativa busca engajar o mundo na busca por soluções transformadoras para os desafios ambientais que dominam a década de 2020.

Nesta edição, o prêmio totaliza £ 1 milhão (aproximadamente R$ 7,2 milhões), concedido a projetos e indivíduos que se destacam na busca de soluções sustentáveis e escaláveis. O Earthshot é frequentemente comparado ao Nobel do meio ambiente, tamanha a sua relevância e prestígio no cenário global.

A apresentação dos indicados teve como protagonista Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, que foi convidada para fazer parte do conselho curador do prêmio. Em sua fala, ela abordou a importância do otimismo diante da luta contra a crise socioambiental, ressaltando que não se trata de ingenuidade, mas de uma escolha esperançosa que todos devemos fazer.

Ardern incentivou aqueles que se sentem incertos em sua crença no futuro a conhecer os 15 finalistas do prêmio, cuja diversidade e inovação podem inspirar um novo caminho na luta pela preservação do planeta. As categorias do prêmio incluem ecossistemas terrestres, atmosfera, oceanos, lixo e clima.

No segmento de ecossistemas terrestres, destaque para os projetos TFFF e re.green. O TFFF se apresenta como um fundo de investimentos que conseguiu levantar impressionantes US$ 125 bilhões para a conservação das florestas tropicais em todo o mundo. Por sua vez, a re.green é uma inovadora startup que trabalha na restauração da Mata Atlântica, auxiliando na geração de créditos de carbono e contribuindo para a regeneração de áreas devastadas pelo desmatamento.

Entrando na categoria atmosfera, as iniciativas da Prefeitura de Bogotá e da cidade chinesa de Guangzhou, que eletrificaram suas frotas de ônibus e táxis, oferecem soluções criativas à crise de poluição urbana. Já o estado de Gujarat, na Índia, lançou um programa mercadológico de carbono que visa reduzir as emissões de CO2, colocando-se como um modelo a ser seguido.

No que diz respeito à preservação dos oceanos, a empresa britânica Matter se destaca ao criar um filtro que captura microplásticos nas máquinas de lavar roupas, um poluente crescente que afeta os mares. O importante Tratado do Alto Mar, que busca proteger áreas internacionais, também foi indicado, reforçando a cooperação global em questões ambientais.

O TFFF será oficialmente lançado na próxima Conferência do Clima da ONU, a COP 30, em Belém, e representa uma iniciativa essencial do governo brasileiro. Em mensagem de agradecimento pela indicação, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a urgência de uma nova relação com as florestas tropicais, um reconhecimento que pode galvanizar esforços de investimento em todo o planeta.

Nomes como o ecólogo Bernardo Strassburg, da re.green, expressaram sua alegria pela nomeação ao prêmio, refletindo sobre como a iniciativa do Earthshot sempre foi uma fonte de inspiração para ele e sua equipe. O trabalho que realizam é um claro exemplo de como a inovação pode atender à demanda urgente de restauração ambiental.

Outros projetos importantes, como a Semana de Moda de Lagos, na Nigéria, mostram que a sustentabilidade pode ser amplamente aplicada na indústria da moda, desafiando padrões convencionais e promovendo uma produção sem desperdício.

Os vencedores do Prêmio Earthshot serão conhecidos em uma cerimônia marcada para o dia 5 de novembro no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e o evento promete ser um verdadeiro ponto de encontro para líderes ambientais, empreendedores e comunidades em busca de soluções para os desafios climáticos.

A escolha dos finalistas reflete não apenas a diversidade de soluções em todo o mundo, mas também a urgência de agirmos agora em prol do futuro de nosso planeta.

Imagem Redação