Escândalo de Vazamento: 46 Milhões de Chaves Pix em Risco
Um vazamento massivo de dados do sistema gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) expôs 46.893.242 chaves Pix, comprometendo informações de 11.003.398 usuários. O Banco Central (BC) confirmou os detalhes da violação nesta quinta-feira (24), revelando que mais tipos de dados foram comprometidos do que inicialmente relatado.
Conforme informações do BC e do CNJ, dados de chaves Pix foram acessados indevidamente através do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), que serve como um elo entre juízes e o BC. Os dados expostos incluem:
- Nome do usuário;
- Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
- Instituição financeira;
- Agência;
- Número e tipo de conta;
- Chave Pix;
- Estado da chave Pix;
- Data de criação da chave Pix;
- Data de exclusão da chave Pix.
Anteriormente, o CNJ havia declarado que apenas o nome do usuário, chave Pix, nome do banco, número da agência e conta tinham sido acessados.
O CNJ relatou que a violação ocorreu durante os dias 20 e 21 de outubro e foi corrigida rapidamente. Ambas as instituições, CNJ e BC, afirmaram que informações sensíveis, como senhas ou dados financeiros, não foram expostas.
O Sisbajud é uma ferramenta que permite a juízes requisitar informações financeiras e bloquear ativos de devedores. Este sistema substitui o antigo BacenJud, melhorando a comunicação entre o Judiciário e o setor financeiro na execução de ordens judiciais.
Canal de Consulta: A Verdade à Vista
O CNJ anunciou que lançará uma ferramenta em breve para que cidadãos possam verificar se foram vítimas da exposição de dados. As instruções sobre como acessar esse canal estarão disponíveis no site do CNJ: www.cnj.jus.br
O CNJ enfatizou que este será o único canal de comunicação para as pessoas afetadas. Não haverá contatos via mensagens, SMS, email ou telefone.
Compromisso com a Transparência
De acordo com as autoridades, as informações obtidas são de natureza cadastral e não permitem qualquer movimentação de recursos ou acesso a contas bancárias.
Na noite do dia 23, o BC reiterou que o incidente tem um impacto potencial baixo para os usuários, e que a comunicação do evento não era obrigatória por lei. No entanto, decidiu torná-lo público em respeito ao princípio da transparência.
Imagem Redação
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