I Conferência Nacional por IA com Direitos Sociais Convoca a Classe Trabalhadora Para Regularização da Tecnologia
Nos dias 2 e 3 de outubro, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Universidade Federal do ABC, localizados em São Bernardo do Campo, foram palco da I Conferência Nacional por IA com Direitos Sociais. Este evento crucial promoveu um debate essencial sobre a intersecção entre tecnologia e direitos, colocando os trabalhadores em posição central nas discussões sobre a regulação da Inteligência Artificial (IA).
A representação dos bancários de Minas Gerais foi forte, contando com a presença de Helberth Ávila, diretor do Sindicato e secretário de Comunicação da Fetrafi-MG; Carolina Gramiscelli, secretária de Organização do Ramo Financeiro da Fetrafi; e César Roberto Rodrigues, dirigente da Federação e presidente do Sindicato de Patos de Minas e Região. A diversidade de vozes na conferência sinaliza o comprometimento da categoria em discutir e buscar soluções para os desafios impostos pela tecnologia.
A programação do evento incluiu painéis como “Inteligência Artificial, Bancos e o Futuro do Trabalho”. Neste espaço, foi abordado como a Inteligência Artificial e suas variantes, como a IA Generativa (GenAI), estão já moldando o setor bancário. A mobilização dos bancários é cada vez mais necessária, uma vez que a categoria enfrenta a ameaça de impactos negativos no emprego, demandando políticas de qualificação e regulação eficaz para mitigar riscos.
Outro painel significativo discutiu a “Luta por direitos sociais e sindicais na era da inteligência artificial”. Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, enfatizou que a IA é uma tecnologia disruptiva, carregada de vieses que historicamente impactam o ambiente de trabalho. Para ela, a regulamentação é imprescindível para assegurar empregos, garantir a negociação coletiva e limitar a vigilância excessiva sobre a força de trabalho.
Durante a conferência, Carolina Gramiscelli destacou a importância da regulamentação eficaz da IA dentro do setor bancário. “A regulamentação não deve ser apenas um documento, precisa ser efetiva. Por exemplo, nós, bancários, estamos enfrentando extinções devido à ascensão dos bancos digitais e à implementação de IA sem uma regulação apropriada”, alertou.
Este evento, além de promover debates fundamentais, revela a urgência da necessidade de um diálogo constante sobre a regulação da Inteligência Artificial, especialmente em um setor tão vital quanto o bancário. Com a rápida evolução da tecnologia, os trabalhadores não podem ser meros espectadores, mas sim participantes ativos que buscam proteger seus direitos e garantir um futuro onde a tecnologia seja aliada, e não inimiga.
Ao final da conferência, ficou claro que a luta pela regulamentação da IA não é uma tarefa isolada, mas sim um esforço coletivo que envolve todos os setores da sociedade. A integração entre tecnologia e direitos sociais é essencial para que possamos trilhar um caminho de desenvolvimento ético e justo.
A mobilização dos trabalhadores é mais necessária do que nunca, e o que ficou evidente durante a I Conferência Nacional por IA com Direitos Sociais é a determinação da classe trabalhadora em conquistar regulamentações que assegurem que os avanços tecnológicos respeitem os direitos fundamentais. A vigilância constante e o engajamento em debates como este serão determinantes para moldar um futuro digno para todos.
Imagem Redação
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