Bahia Elabora Plano Estratégico para Expansão da Produção de Cravo no Baixo Sul e Inserção no Mercado Internacional

Bahia intensifica esforços para fortalecer a cadeia produtiva do cravo-da-índia

A Bahia, o único estado brasileiro que cultiva o cravo-da-índia, está em processo de elaboração de um plano de desenvolvimento produtivo e comercial. A iniciativa visa fortalecer toda a cadeia do setor, elevando a qualidade da produção e ampliando o acesso a novos mercados. Para consolidar a presença do produto baiano no cenário internacional, a ação conta com o suporte da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).

O projeto foi anunciado durante o Seminário de Arranjo Produtivo do Cravo, realizado no Instituto Federal Baiano (IF Baiano), em Valença. O evento, que ocorreu em 3 de outubro de 2025, reuniu autoridades estaduais, produtores e especialistas, marcando um passo significativo para o desenvolvimento do setor.

Impulsionando a economia do Baixo Sul

Assis Pinheiro Filho, diretor de Desenvolvimento Agrícola da Seagri, destacou que o plano tem como foco principal o fortalecimento da economia do Baixo Sul, região que se destaca na produção do cravo. A proposta visa não apenas gerar emprego e renda para agricultores familiares e trabalhadores rurais, mas também valorizar um produto que já possui prestígio no mercado internacional.

“O Baixo Sul possui uma tradição significativa na produção de cravo, que é amplamente valorizado fora do Brasil. Com um planejamento mais estruturado que inclua cuidados com o solo, controle de pragas e a adoção de novas tecnologias, podemos alcançar uma qualidade ainda melhor e tornar nosso cravo um destaque no setor agropecuário baiano,” afirmou Pinheiro.

Enfrentando desafios técnicos

Durante o seminário, os participantes discutiram os principais desafios, entre eles a “murcha do cravo”, uma doença que afeta uma parte considerável das plantações. Para mitigar esse problema, o plano inclui assistência técnica contínua para os produtores, melhoramento genético das mudas e capacitação em manejo sustentável.

A criação de um Selo de Indicação Geográfica (IG) também foi abordada, pois a certificação permitirá que o produto da Bahia reconheça sua autenticidade e origem, agregando valor tanto no mercado interno quanto externo.

Colaboração entre instituições

O seminário contou com a presença de cerca de 100 agricultores e representantes de várias secretarias estaduais, como Agricultura, Relações Institucionais, Desenvolvimento Econômico e Fazenda. Foi um encontro que reforçou a importância da colaboração entre o governo, instituições de pesquisa e crédito, como o Banco do Nordeste e o Sebrae, para o desenvolvimento do setor.

Impacto econômico do cravo-da-índia

A Associação de Produtores de Cravo da Bahia (Aprocravo) estima que o setor envolve aproximadamente 3,3 mil produtores rurais, gerando cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos. A área cultivada se estende por 6 mil hectares, com uma produção anual que varia entre 6 e 8 mil toneladas, movimentando R$ 250 milhões anualmente na economia regional.

Dessa quantia, metade é distribuída entre agricultores familiares, enfatizando o impacto social do cravo na economia do Baixo Sul. Nesse contexto, o preço médio do quilo do cravo é de R$ 33, com os principais mercados internacionais sendo Cingapura e Emirados Árabes Unidos.

Valença: líder na produção

O município de Valença se destaca como o maior produtor de cravo-da-índia do Brasil, contando com 1.132 estabelecimentos rurais e 2,3 mil hectares cultivados. Outras cidades como Taperoá, Camamu e Igrapiúna também contribuem para formar um polígono produtivo relevante na região.

O crescimento desse setor, aliado a políticas públicas de incentivo, posiciona a Bahia como um potencial líder na exportação de cravo-da-índia, fortalecendo o agronegócio e as exportações do estado.

Dados Relevantes

Produção e Economia

  • Produto: Cravo-da-índia (único estado produtor: Bahia).
  • Área cultivada: 6 mil hectares.
  • Produção anual: Entre 6 mil e 8 mil toneladas.
  • Valor movimentado: Aproximadamente R$ 250 milhões por ano.
  • Preço médio: R$ 33 por quilo.
  • Empregos gerados: 15 mil, diretos e indiretos.

Região Produtiva

  • Polo principal: Baixo Sul da Bahia.
  • Município líder: Valença.
  • Outros municípios produtores: Taperoá, Camamu, Igrapiúna, entre outros.

Instituições Envolvidas

  • Órgão coordenador: Seagri.
  • Entidades parceiras: Aprocravo, diversas secretarias estaduais e instituições de pesquisa.

Ações Previstas

  • Elaboração de plano estadual para fomento da cadeia produtiva.
  • Implantação do Selo de Indicação Geográfica para certificação de origem.
  • Assistência técnica para produtores e capacitação em novas tecnologias.

Os esforços da Bahia para fortalecer a cadeia produtiva do cravo-da-índia são, sem dúvida, fundamentais para o desenvolvimento econômico e social da região. O compromisso com práticas sustentáveis e o incentivo à produção familiar reforçam a importância desse setor para a economia baiana.


Imagem Redação

Abilenio Sued

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