Acordo Histórico Revoluciona Relações Comerciais entre EUA e Japão
A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira, 23, um acordo de comércio e investimento que promete ser um marco histórico entre os Estados Unidos e o Japão. O presidente Donald Trump já havia feito menção ao pacto em discurso anterior, mas os detalhes revelados hoje destacam a magnitude do compromisso.
O acordo inclui a criação de um fundo bilionário de investimentos e a introdução de uma variedade de produtos americanos no mercado japonês. De acordo com a administração americana, essa aliança representa “um novo capítulo na cooperação bilateral” entre os dois países.
No centro deste pacto, o Japão se compromete a investir impressionantes US$ 550 bilhões, com o objetivo de reconstruir e expandir indústrias essenciais dos EUA. Este investimento estrangeiro é considerado o maior já feito por qualquer nação e concentrará esforços em áreas críticas, como semicondutores, energia, mineração de minerais essenciais, farmacêutica e construção naval.
Além disso, os Estados Unidos assegurarão 90% dos lucros resultantes desse investimento, garantindo que trabalhadores e contribuintes americanos sejam os principais beneficiários.
Uma tarifa básica de 15% sobre importações do Japão também será implementada, uma medida que visa reduzir o déficit comercial e restaurar um equilíbrio mais favorável na balança comercial americana.
O acordo ainda prevê a abertura do mercado japonês a uma ampla gama de produtos americanos. O governo japonês se comprometeu a aumentar em 75% as importações de arroz dos EUA e a adquirir US$ 8 bilhões em diversos produtos, incluindo milho e bioetanol.
Além disso, empresas do Japão se comprometerão a adquirir 100 aeronaves da Boeing e aumentar as compras de equipamentos militares dos Estados Unidos. “Pela primeira vez, os padrões automotivos americanos serão aprovados no Japão”, assegura a Casa Branca, ao classificar o pacto como uma “reestruturação estratégica” das relações econômicas entre as duas nações.
Com esse plano ambicioso, espera-se que “centenas de milhares de empregos” sejam gerados, aumentando a autossuficiência americana em áreas cruciais, como energia, semicondutores e medicina. O acordo também está tratando de um novo contrato para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) do Alasca ao Japão.
Imagem Redação
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