Inflação de julho sob pressão: taxa prévia atinge 0,36% devido ao aumento das contas de luz

Aumento da Tarifa Energética e Inflação: Apressando o Bolso do Consumidor Brasileiro

As tarifas elétricas em bandeira vermelha e ajustes em cinco capitais pressionaram financeiramente os brasileiros em julho, levando a prévia da inflação a 0,33%, superior ao índice de junho, que foi de 0,26%.

Embora os preços dos alimentos, que têm sido um dos principais fatores inflacionários, tenham apresentado queda pelo segundo mês consecutivo, esse movimento ajudou a moderar a prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

Os dados reveladores foram apresentados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e demonstram que o IPCA-15 acumula 5,3% nos últimos 12 meses, ultrapassando a meta governamental de 4,5%. Em julho de 2024, o índice também havia sido de 0,30%.

Dentre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, cinco registraram alta em julho, refletindo uma realidade econômica em transição.

Resultados Impactantes por Setor

– Alimentação e bebidas: -0,06% (-0,01 p.p.)

– Habitação: 0,98% (0,15 p.p.)

– Artigos de residência: -0,02% (0 p.p.)

– Vestuário: -0,10% (0 p.p.)

– Transportes: 0,67% (0,13 p.p.)

– Saúde e cuidados pessoais: 0,21% (0,03 p.p.)

– Despesas pessoais: 0,25% (0,03 p.p.)

– Educação: 0,00% (0 p.p.)

– Comunicação: 0,11% (0 p.p.)

Consequências da Alta da Conta de Luz

A habitação, embora tenha sido o maior fator de pressão inflacionária, desacelerou em comparação a junho, quando cresceu 1,08%. Em julho, o subgrupo foi impulsionado pela alta de 3,01% da energia elétrica, o principal responsável por essa subida.

O aumento é atribuído à bandeira tarifária vermelha patamar 1, implementada pelo governo para viabilizar o uso de usinas termelétricas devido à diminuição dos níveis hídricos nos reservatórios. O adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos foi mantido em julho. Em junho, a energia elétrica já havia subido 3,29%.

A pressão nos preços também decorre de reajustes nas tarifas em Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, refletindo diretamente no índice nacional.

Alimentos: Uma Luta Constante

Após um recuo de 0,02% em junho, os preços dos alimentos voltaram a cair em julho, registrando um decréscimo de 0,06%. Os principais impulsionadores dessa queda foram a batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%).

Antes desses dois meses de queda, os alimentos figuravam como um dos principais vilões da inflação, apresentando alta acumulada de 7,36% nos últimos 12 meses. Um dos fatores que auxiliaram a desacelerar os preços foi a previsão de safra recorde no Brasil.

Transportes: Tendências Misturadas

O grupo de transportes apresentou alta de 0,67%, puxada principalmente pela elevação de 19,86% nas passagens aéreas e 14,55% nos serviços de carros de aplicativo.

Por outro lado, os combustíveis geraram alívio, com recuo de 0,57%. Os preços do gás veicular (-1,21%), diesel (-1,09%), etanol (-0,83%) e gasolina (-0,50%) contribuíram para essa queda, sendo a gasolina o componente mais impactante, reduzindo a inflação em 0,03 p.p.

Compreendendo o IPCA-15

O IPCA-15, que serve como uma medida preliminar da inflação oficial, adota a mesma metodologia do IPCA, a qual estabelece a meta de inflação do governo estabelecida em 3% para um período de 12 meses, com uma margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos.

A pesquisa de coleta de preços é realizada de forma antecipada ao fim do mês, abrangendo o período de 14 de junho a 15 de julho, considerando uma cesta de produtos e serviços para lares com rendimentos de um a 40 salários mínimos, atualmente avaliados em R$ 1.518.

O IPCA-15 abrange 11 cidades, incluindo as regiões metropolitanas de importantes capitais, enquanto o IPCA se estende a 16 localidades. O índice completo referente a julho será divulgado em 12 de agosto.

Imagem Redação

Abilenio Sued

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