ADPESP Lança Aviso Urgente sobre a PEC da Segurança Pública
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública continua a gerar controvérsias no âmbito da Câmara dos Deputados. Nos últimos dias, alguns parlamentares apresentaram emendas que conquistaram destaque no debate, com particular ênfase na proposta de extinguir a carreira de delegado de polícia. Essa postura tem gerado preocupações expressivas entre especialistas e representantes da segurança pública.
A ADPESP ( Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) critica veementemente essa proposta, destacando que ela desvia a atenção do verdadeiro foco da PEC, que visa promover uma atuação integrada no combate ao crime. Para a associação, é fundamental que o debate se concentre em questões cruciais, como a necessidade de investimentos, a pacificação das disputas de competência e a valorização efetiva dos profissionais de segurança.
“Ouvimos com preocupação as falas de certos parlamentares, pois a PEC da Segurança Pública se transformou em um palco de disputas sobre competências administrativas e legislativas. Disputas que envolvem os diversos entes federativos e as forças de segurança, conforme o artigo 144 da Constituição. As emendas apresentadas acrescentam mais complexidade a esse cenário já conturbado”, ressalta André Santos Pereira, presidente da ADPESP e coordenador do Fórum Resiste-PC.
Na última terça-feira, 30 de setembro, uma reunião significativa ocorreu na Câmara dos Deputados, onde representantes de perícias criminais e outros agentes da segurança pública discutiram as mudanças propostas na PEC. Durante o encontro, André Santos Pereira enfatizou a urgência da situação: “Solicitamos com a máxima seriedade que os parlamentares reconsiderem suas colocações. A urgência desse debate se faz necessário, pois os riscos envolvidos podem ameaçar não só a estrutura atual dos órgãos de segurança, mas acima de tudo, a eficiência das Polícias Civis em todo o Brasil”.
O momento demanda não apenas atenção, mas também uma ação responsável e integrada. As emendas propostas podem criar um clima de incerteza e fragilidade, afetando diretamente a capacidade de resposta das forças de segurança brasileiras. Num cenário já desafiador, o compromisso com a segurança pública deve prevalecer sobre disputas de poder.
Frente a estes desafios e mudanças propostas, é essencial que a sociedade civil se mantenha atenta e engajada, cobrando dos representantes argumentos fundamentados e que levem em consideração o bem-estar coletivo. A segurança pública é uma responsabilidade compartilhada, e a colaboração entre diferentes segmentos da sociedade é o que pode garantir o fortalecimento das instituições, além de promover um ambiente propício para discussões construtivas.
Com 20 anos de experiência na área, André Santos Pereira tem um profundo conhecimento dos desafios enfrentados pela segurança pública. Sua trajetória inclui passagens significativas por diversos cargos, como Soldado da Polícia Militar e Chefe de Investigações, o que lhe confere uma perspectiva ampla sobre a urgência das questões atualmente em jogo. Ele destaca que o país está em um momento de transformação crítica, e que medidas inadequadas podem trazer consequências desastrosas para a segurança da população.
À medida que a discussão avança, o papel dos parlamentares se torna ainda mais crucial, refletindo a responsabilidade coletiva em garantir a segurança e o bem-estar da população. As decisões tomadas hoje terão efeitos duradouros, e o apelo da ADPESP é para que esses líderes estejam abertos ao diálogo e comprometidos com soluções que realmente promovam a segurança pública no Brasil.
É um momento decisivo que exige a atenção de todos. A PEC da Segurança Pública tem o potencial de moldar o futuro das instituições responsáveis pela proteção da sociedade. Que este alerta não seja ignorado, e que a colaboração entre parlamentares e profissionais da segurança possa novamente ser uma prioridade na busca por um país mais seguro.
Imagem Redação
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