Conflito pela Preservação: Amazônia e Niterói Compartilham Nome e Desafios Ambientais Semelhantes

“Itacoatiaras”: Documentário Revela Conexões Inesperadas Entre Dois Mundos Distantes

Itacoatiara é um nome que evoca belas lembranças para muitos cariocas, especialmente aqueles que visitam a praia homônima em Niterói. Localizada na deslumbrante Região Oceânica do estado do Rio de Janeiro, essa praia atrai tanto turistas quanto moradores, oferecendo um espaço ideal para o lazer em meio à natureza exuberante e trilhas convidativas. No entanto, existe uma Itacoatiara muito diferente, distante seis mil quilômetros, na região metropolitana de Manaus. Ambos os lugares compartilham um mesmo nome, e essa dualidade é explorada no impactante documentário “Itacoatiaras”. Esta obra está presente na programação do Festival do Rio, foi selecionada para a Mostra de Cinema de São Paulo e também fará parte do Festival Internacional de Documentários de Niterói, o Visões do Mar.

Sob a direção do cineasta amazonense Sérgio Andrade e da artista e pesquisadora fluminense Patricia Goùvea, o longa-metragem investiga as duas Itacoatiaras, aprofundando-se nas histórias e legados desses espaços. O foco se estende para a importância dos territórios indígenas sagrados, onde se busca um aprendizado que ressoe nos dias de hoje. A intenção é criar um diálogo entre passado e presente, conectando os espectadores a uma realidade muitas vezes ignorada.

A história de “Itacoatiaras” se inicia em 2017, quando Patricia conheceu Sérgio durante uma residência artística na Amazônia. Com o conhecimento da Itacoatiara de Niterói, ele ficou curioso sobre a relação de Patricia com a outra Itacoatiara. Isso os levou a questionar se havia algo que unisse esses dois locais além do nome. A partir dessa curiosidade, a colaboração tomou forma, estabelecendo uma base sólida para um projeto que se tornaria um elo entre diferentes culturas e realidades.

Após sua amizade florescer, eles concretizaram suas ideias em 2019, dando início a um trabalho que seria materializado entre 2021 e 2024. O resultado é um filme que não apenas registra essas cidades, mas também traz à tona questões urgentes sobre meio ambiente e ancestralidade. No Festival do Rio, o filme integra a mostra Especial COP 30, com obras que buscam apresentar futuros possíveis em meio às crises climáticas que enfrentamos.

Ambas Itacoatiaras, apesar da distância, enfrentam desafios semelhantes. Historicamente, foram locais sagrados para os tupis e guaranis, e hoje lutam contra ameaças constantes de desmatamento e especulação imobiliária. Patricia destaca a desconexão que parte da população sente em relação à emergência climática, considerando-a um tema apenas do espaço governamental e não comunitário. No entanto, a luta por esses territtórios é uma responsabilidade coletiva, e o documentário busca sensibilizar o público para essas questões prementes.

A especulação imobiliária em Niterói é intensa, e a região enfrenta uma pressão crescente que ameaça sua preservação. Por outro lado, os indígenas, que sempre reconheceram a importância de manter uma “aldeia para cuidar de uma criança”, reafirmam que o cuidado com a terra é essencial para o futuro. “Itacoatiaras” é mais do que um documentário; é um chamado à ação, exortando os espectadores a se conectarem com suas raízes e a lutar pela conservação do meio ambiente e pela proteção das terras indígenas.

Em tempos de crescente consciência ambiental, o filme se torna um reflexo necessário da realidade de muitos territórios no Brasil e no mundo. Com uma narrativa poderosa, “Itacoatiaras” não só revela histórias esquecidas, mas também propõe um novo olhar sobre questões de identidade, natureza, e a interdependência entre as comunidades. Ao unir dois mundos tão diferentes, o documentário expande nosso entendimento sobre a luta pela terra, pela cultura e pelo amanhã.

Não perca a oportunidade de vivenciar essa experiência única que promete transformar a maneira como você enxerga esses dois Itacoatiaras. O Festival do Rio apresenta a chance ideal para se envolver com temas que são urgentemente relevantes para a nossa sociedade atual.

![Cena do documentário “Itacoatiaras”]

Imagem Redação

Abilenio Sued

Profissional da imprensa brasileira, mergulho em palavras para levar você a cenários profundos, garantindo à informação precisa e relevante. Com uma carreira consolidada a mais de 30 anos, atuei de forma ininterruptível em 49 das 57 funções que compõem a minha profissão. Minha trajetória une o compromisso com a verdade da notícia, criação de artigos com objetivo de resolver problemas dos nossos usuários, sem deixar de lado, a criatividade no entretenimento, e, cultivando parcerias no campo profissional. Como repórter, desenvolvi expertise em apuração de matéria investigativa, aprimorei a habilidade de manter o público bem informado com à verdade, e, como narrador de assuntos, cultivo a técnica de informar de maneira impactante. Primeiro contrato de trabalho em CTPS foi na Rádio Região Industrial Ltda (Metropolitana AM 1050 kHz) a partir do dia 1º de novembro de 1995, com duração de 13 anos, atualmente, o grupo opera a Mix FM na frequência FM em Salvador, Bahia, Brasil. Passando por outras emissoras, Rádio Líder FM, primeiro repórter da Rádio Sucesso FM, Band News FM, primeiro repórter policial do Camaçari Notícias (cn1), Camaçari Fatos e Fotos, Jornal Impresso (É Notícia), repórter TV Litorânea (a cabo), TV Bandeirantes (Band Bahia), dentre outras emissoras em freelancer período carnaval. A vasta experiência inspirou a criação deste veículo de comunicação, onde a informação se expande com credibilidade, dinamismo, na velocidade da notícia, local, estadual, nacional e mundial. Fique bem informado — aqui... | Abilenio Sued | Repórter | Registro Profissional.: MTE 3.930/6.885 SRTE/BA-BR | Editor-Chefe | abilenio.com | 30 Anos News | Traduzido De Acordo Com O País De Acesso Mesmo Para Aqueles Idiomas Vulneráveis À Extinção | Publicado Para O Mundo...

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