Amazonas Representado na 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente em Brasília

Na manhã deste domingo, 5 de outubro, uma alentadora delegação do Amazonas partiu rumo à 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), que acontece em Brasília entre os dias 6 e 10 de outubro, com o foco na temática “Educação e Justiça Climática”. Em um gesto significativo de apoio, o Governo do Amazonas viabilizou que 17 estudantes das redes estaduais e municipais, acompanhados por três professores e quatro representantes da Comissão Organizadora Estadual, embarcassem para esse importante evento.

Os estudantes selecionados, que estão no 6º ao 9º ano do ensino fundamental, foram escolhidos em um processo que considerou talentos e projetos inovadores de diversas localidades, incluindo a capital Manaus e municípios como Parintins, Barreirinha, Itacoatiara e Caapiranga. A comitiva será assessorada pela equipe do Departamento de Políticas Educacionais para a Diversidade (DPDI), especificamente através da Coordenação de Educação Ambiental (CEA), vinculada à Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc).

O diretor do DPDI, Mailson Rafael Ferreira, explicou que o processo de seleção dos estudantes envolveu diversas etapas, incluindo competições escolares e uma fase estadual que reuniu participantes de diversas instituições e regiões. “Recebemos os melhores projetos e escolhemos aqueles que representam o potencial do Amazonas na conferência nacional”, destacou Ferreira.

O grupo demonstra um comprometimento exemplar com a inclusão e a diversidade, representando estudantes de escolas indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas, além de contarem com a participação de um aluno com deficiência auditiva. Essa composição reforça o papel do Amazonas na valorização das variadas culturas presentes no estado e a promoção da igualdade de oportunidades educacionais.

Projetos Notáveis com Impacto Ambiental

Um dos estudantes destaque da delegação é Gustavo Rocha, aluno da Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos, que tem um histórico de mais de 40 anos atendendo crianças e adolescentes com surdez. Sob a orientação do professor Klilton Barbosa, Gustavo concebeu um projeto voltado para a polinização em ambientes urbanos, utilizando abelhas indígenas sem ferrão. “Conseguimos gerar 700 ml de mel através deste projeto, que foi servido aos alunos durante o lanche na escola”, compartilhou o professor, orgulhoso com o resultado alcançado.

Ao se preparar para a conferência, Gustavo expressou sua expectativa de compartilhar o que aprendeu. “Estou ansioso para a viagem, para conhecer pessoas e mostrar o meu projeto”, afirmou, transmitindo a paixão que o move.

A estudante Verônica Soraya, de 14 anos, também faz parte da comitiva e representa o interior do Amazonas. Natural de Itacoatiara, Verônica foi selecionada com seu projeto “Sexta sociocultural: Regenerar o ambiente, cuidar da mente”, que aborda não só a justiça climática, mas também as questões emocionais dos alunos. “É uma honra participar e representar o Amazonas”, declarou, expressando gratidão pela oportunidade.

Um Compromisso com a Educação e o Clima

A CNIJMA, promovida pelo Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) em parceria com os Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, visa capacitar estudantes para serem protagonistas na luta contra as mudanças climáticas. O tema deste ano, “Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática”, alinha-se com a preparação do país para a Conferência do Clima (COP30), que acontecerá em Belém (PA), promovendo a necessidade de engajamento escolar em questões ambientais.

Durante o evento, os jovens terão acesso a diversas atividades formativas e experiências que visam consolidar suas propostas e compromissos nas pautas ambientais. Os educadores também participarão de oficinas para aprimoramento das práticas educativas voltadas à consciência climática.

Este momento representa uma oportunidade única não só para os estudantes do Amazonas, mas para todos os envolvidos na promoção de um futuro mais sustentável. O compromisso do governo e das instituições educacionais em apoiar esses jovens é um sinal de esperança na formação de cidadãos conscientes e engajados nas questões ambientais que afetam diretamente suas vidas e comunidades.

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