A Convergência entre Ciência e Saberes Tradicionais: Um Caminho Necessário para Combater o Aquecimento Global
Às vésperas da COP30 em Belém, o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, fez um apelo contundente para a integração da ciência brasileira com os conhecimentos ancestrais de povos tradicionais, como indígenas e quilombolas. Durante a entrevista à Agência Brasil, ele enfatizou que essa sinergia é fundamental para desenvolver políticas públicas mais eficientes e sustentáveis no combate às mudanças climáticas.
Elias sublinhou a relevância dos saberes ancestrais, que já têm feito a diferença em áreas como saúde, biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais. Ele advertiu que é crucial reconhecer e valorizar essas práticas, garantindo que as comunidades que as originaram sejam as primeiras a se beneficiarem do conhecimento compartilhado. Essa valorização não apenas promove a inclusão social, mas também potencializa soluções inovadoras para os desafios ambientais.
O Brasil, segundo o presidente da Finep, ocupa uma posição estratégica no contexto ambiental global, especialmente pelo fato de abrigar uma grande parte da floresta amazônica. “Estamos em uma posição privilegiada para mostrar ao mundo que a transição ecológica e energética pode ser liderada através da ciência e da inclusão”, afirmou. Essa postura proativa é vital, uma vez que o país possui recursos naturais riquíssimos e uma diversidade cultural que pode informar e enriquecer as respostas globais às crises climáticas.
Elias também destacou que a Finep está passando por um momento de renovação e crescimento, com um aumento no investimento em áreas como inovação, energia limpa e saúde. A proposta é que a Finep se torne uma instituição perene no cenário político, atuando de forma contínua para promover o desenvolvimento sustentável em todo o território nacional. Esse fortalecimento é visto como essencial para que o Brasil não apenas participe das discussões internacionais, mas também se coloque como protagonista na formulação de soluções que impactem diretamente o futuro do planeta.
Em suma, a união entre ciência e saberes tradicionais surge como uma estratégia promissora e necessária diante da urgência das questões climáticas. A COP30 em Belém pode ser um marco não apenas para a diplomacia ambiental, mas também para a consolidação de um modelo que reconhece e integra conhecimentos diversos em sua essência. As palavras de Luiz Antonio Elias ressoam como um chamado à ação, exigindo não apenas atenção, mas um compromisso verdadeiro com um futuro sustentável.
Imagem Redação
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