A Transformação Necessária na Segurança Cibernética das Empresas
A distinção entre modismos e práticas realmente impactantes está se tornando crucial para as organizações. Essa capacidade de discernimento não apenas influencia a alocação de recursos financeiros, mas também é fundamental para garantir segurança e um ambiente saudável para o desenvolvimento corporativo. Em uma era marcada por constantes ameaças cibernéticas, investir em soluções eficazes se tornou uma necessidade premente.
Caso as empresas não reconheçam o que é realmente eficaz, correm o risco de direcionar recursos financeiros e energia para tecnologias que não oferecem proteção sólida. A dependência de métodos tradicionais, como o phishing, que serve como um dos principais caminhos para ataques cibernéticos, resulta em vulnerabilidades contínuas. Organizações ficam expostas, enquanto seus investimentos em segurança podem terminar se mostrando ineficazes.
Para lidar com essa realidade, é essencial avaliar não apenas os investimentos existentes, mas também repensar a abordagem da segurança cibernética. O Gartner, renomada consultoria de pesquisa, antecipa que até 2030, a distribuição dos investimentos em segurança de TI se transformará consideravelmente. No horizonte de cinco anos, as soluções de segurança cibernética em modelo “preventivo” devem representar 50% do total gasto no setor, substituindo um enfoque predominantemente reativo. Essa mudança sublinha a urgência de priorizar a prevenção para evitar perdas significativas.
Uma abordagem inovadora que tem ganhado destaque é a integração de ferramentas de segurança como Threat Exposure Management (TEM/CTEM) e Cybersecurity Mesh Architecture (CSMA), amplificadas pelo uso de Agentes de Inteligência Artificial no Centro de Operações de Segurança (AI SOC Agents). Essa combinação revolucionária permite que as empresas adotem uma postura proativa, desde a detecção de ameaças até a resposta a incidentes.
Recentemente, um exemplo prático dessa abordagem foi evidente em uma investigação focada em phishing. Através da análise de mais de 40 terabytes de dados da deep e dark web, um domínio suspeito, semelhante ao de um cliente, foi identificado. Essa plataforma estava condenada a ser empregada em um ataque de phishing, despertando um sinal de alerta alarmante.
Com o apoio da Análise de Impacto de Negócios (BIA), o risco foi classificado como de alto impacto, indicando que poderia afetar diretamente as operações financeiras da empresa. Essa identificação precoce permitiu acionar ferramentas que simulam ataques para validar a segurança existente. O resultado foi a confirmação de que o domínio abrigava uma página falsa destinada a coletar credenciais.
Simultaneamente, uma tecnologia de correlação de eventos de segurança (SIEM) monitorou registros de firewall e eventos de rede, revelando tentativas de acesso de colaboradores ao domínio malicioso. Essa atividade reforçou a natureza da ameaça presente.
Por fim, um agente de inteligência artificial generativa consolidou os dados e recomendou ações imediatas, incluindo o bloqueio do domínio, solicitação de takedown e notificação aos responsáveis. Essa intervenção rápida e coordenada foi crucial para neutralizar a ameaça e proteger a integridade da empresa.
O caso ilustra a eficácia do Gerenciamento Contínuo de Exposição a Ameaças (CTEM), conforme indicado pelo Gartner. Essa abordagem integrada e proativa, que aproveita as potencialidades da inteligência artificial e de tecnologias emergentes, promete superar as soluções individuais que, embora ainda em alta, muitas vezes falham em oferecer a proteção necessária.
À medida que o cenário cibernético evolui, a urgência de adotar práticas de segurança fundamentadas em prevenção se torna evidente. As organizações que ignoram essa realidade podem pagar um preço alto. Nesse cenário em constante evolução, é imperativo que as empresas repensem suas estratégias, priorizando segurança cibernética como uma questão de sobrevivência e eficácia no mercado.
Imagem Redação
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