Evento Inaugural do Xperience Connection em Belém Recebe Ricardo Amorim
Na última quinta-feira (2), Belém ganhou um novo espaço dedicado a eventos corporativos, o Xperience Connection. Para sua estreia, o local, que recebeu 70 convidados de diversas áreas como construção civil, medicina e imobiliário, contou com a palestra do renomado economista Ricardo Amorim. Reconhecido como uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil pela revista Forbes, Amorim trouxe insights valiosos para o público presente, abordando a interconexão entre a economia local e global.
Roberto Xerfan, sócio-proprietário do Xperience Connection, enfatizou a importância de promover encontros que possam transformar realidades. Ele acredita que o espaço foi idealizado para oferecer conforto, além de fomentar a criação de redes de contatos. “Sempre quis criar um ambiente que refletisse o prazer em receber as pessoas. Este local é feito para isso”, afirmou Xerfan, destacando que eventos como o de quinta-feira têm o potencial de gerar conexões significativas entre os convidados.
O convite a Ricardo Amorim foi deliberado, dado seu conhecimento aprofundado em temas econômicos. “Esperamos que ele nos forneça uma análise rica do cenário atual, interligando o que acontece em nossa economia com tendências globais”, explicou Xerfan. A expectativa era alta, e a presença do economista não decepcionou.
“Boas decisões exigem boas análises”, afirma o economista
Amorim, em sua palestra, expressou gratidão pelo convite, reforçando que decisões mais acertadas são frutos de informações e análises de qualidade. “A troca de experiências e conhecimentos é fundamental para a inovação e a construção de estratégias eficazes. Espero instigar reflexões nesta noite”, destacou.
Durante sua apresentação, ele falou sobre o impacto do chamado tarifaço na economia brasileira. Segundo o economista, embora o fenômeno apresente algumas consequências, estas não são tão drásticas. Ele explicou que o Brasil, sendo uma economia relativamente fechada, exporta apenas 15% de seu PIB, e que a incidência do tarifaço afeta uma pequena parcela dessas exportações para os Estados Unidos. “Se tudo que está sujeito a esse imposto parasse de ser produzido, o impacto seria maior. No entanto, isso não ocorrerá, pois alguns produtos ainda serão exportados, mesmo com taxas elevadas”, esclareceu.
“Tarifaço provoca deflação no Brasil”
Amorim também apontou um aspecto curioso do tarifaço: embora tenha suas desvantagens, ele está gerando efeitos positivos, como a deflação. “Uma parte significativa dos produtos que foram produzidos com a expectativa de exportação para os EUA agora está circulando no mercado interno, aumentando a oferta e, consequentemente, reduzindo os preços. Este cenário já resultou em deflação em vários grupos do IPCA”, acrescentou.
Outro ponto abordado pelo economista foi o impacto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) na economia da região amazônica, particularmente no estado do Pará. “O Brasil é um país multifacetado e, dentro da Amazônia, a bioeconomia emerge como um diferencial crucial. Precisamos promover um desenvolvimento que respeite os aspectos econômicos, ecológicos e sociais de forma integrada”, argumentou Amorim.
Finalizando sua apresentação, o economista ressaltou que para alcançar um crescimento sustentável, é vital que as iniciativas econômicas não comprometam a qualidade de vida da população local. “Precisamos encontrar maneiras de apoiar a floresta e, ao mesmo tempo, melhorar as condições de vida das pessoas que vivem na região. Somente assim podemos vislumbrar um futuro de desenvolvimento positivo e sustentável”, concluiu.
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Imagem Redação
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