Indignação Brasileira: Itamaraty Reage a Tarifas Agressivas dos EUA
Em uma ação contundente, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços manifestaram sua indignação ao governo dos Estados Unidos devido à imposição de tarifas exorbitantes de 50% sobre produtos brasileiros. Essa carta, enviada em resposta ao anúncio feito no dia 9 de julho, marca um ponto crítico nas relações comerciais entre Brasil e EUA.
A correspondência, assinada pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tem como destinatários autoridades norte-americanas de alto escalão, incluindo o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante de Comércio, Jamieson Greer.
Aviso de Consequências Severas
“O governo brasileiro expressa sua indignação em relação ao anúncio da tarifa de importação de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1° de agosto”, destaca o documento. Essa medida, segundo o Itamaraty, poderá trazer consequências devastadoras para setores cruciais das economias dos dois países, ameaçando uma parceria histórica.
Em uma declaração solene, o documento enfatiza que “durante dois séculos de relações bilaterais, o comércio se estabeleceu como uma das bases da cooperação e prosperidade entre Brasil e Estados Unidos”. A urgência da situação se faz clara.
Diálogo em Meio a Desigualdades
A carta reafirma o compromisso do Brasil em dialogar de boa fé com as autoridades norte-americanas, mesmo diante de um déficit comercial que, nos últimos 15 anos, acumula cerca de US$ 410 bilhões, conforme dados do governo dos EUA. Essa disparidade reforça a necessidade de um entendimento mais profundo entre as nações.
“Para avançar nas negociações, o Brasil buscou repetidamente que os EUA especificassem suas preocupações comerciais”, ressaltam as autoridades brasileiras, reforçando a urgência de um diálogo mais esclarecedor.
Proposta em Espera
Uma cláusula confidencial, mencionada na carta, refere-se a uma proposta enviada pelo governo brasileiro em maio de 2025, delineando áreas de potencial negociação que poderiam trazer soluções benéficas para ambas as partes. O Brasil continua aguardando uma resposta dos EUA sobre esta proposta.
“O governo do Brasil reitera seu interesse em receber feedback sobre sua proposta. A urgência deste tema é evidente, e o Brasil está pronto para dialogar e encontrar uma solução que atenda aos interesses comerciais de ambos os países”, conclui o documento, sinalizando a determinação do Brasil em buscar um desfecho favorável para essa impasse comercial.
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